Na semana passada, me deparei com uma notícia no mínimo inusitada: um médico do Hospital Albert Einstein deixou de lado seu estetoscópio para abrir uma padaria em Jundiaí. Fiquei intrigada e comecei a pensar nos motivos que poderiam ter levado esse profissional da Medicina, depois de estudar por décadas, preferir assar pães e bolos a salvar vidas. Certamente, não deve ter sido uma decisão fácil, mas certas coisas acontecem em nosso caminho que nos fazem parar, avaliar e mudar de rota, em nome da nossa felicidade. E isso só aprendemos vivendo, pois não há melhor mestre do que a nossa própria vida.
Sempre admirei quem tem a coragem de virar a chave e dar uma guinada. Acho que eu penso demais e tenho coragem de menos, o que me inviabiliza mudanças tão radicais. Conheço muitas pessoas que deixaram tudo para trás e foram se aventurar em outros países, ou venderam tudo para iniciar uma nova carreira, passaram aperto financeiro para conseguirem montar um negócio próprio ou brigaram com a família para seguir uma nova experiência. Muitos têm êxito, outros não. Mas com certeza são valorosos pela tentativa.
Ficar na zona de conforto é muito mais tranquilo, mesmo quando essa zona de conforto nos traz infelicidade, estresse, desânimo. Para muita gente, melhor é seguir em frente, afinal, mudar dá muito trabalho e pode significar decepção. Mas também pode significar uma nova oportunidade, crescimento e prazer profissional e pessoal. E aí, exatamente nesta encruzilhada, os mais arrojados viram a chave e os mais cautelosos se mantém inertes. Não julgo a opção de ninguém, porque é a história de vida de cada um que vai pesar na decisão. Como sempre, têm coisas que só a vida nos ensina e uma delas, com certeza, é saber o momento de mudar.
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Confesso que fiquei pensado na matéria do médico da panificação, já que a transformação profissional foi total. Em vez de maca, o dr. Sergio Moreira encara agora um balcão, em vez de bisturi, ele enverga um batedor de arame, em vez de um jaleco branco, veste um avental marcado por muita farinha. A matéria completa com a história do médico está no G1 e foi escrita pela jornalista Larissa Pandori.
Quantos de nós já não pensamos em como seriam nossas vidas se tivéssemos feito alguma coisa diferente. Poderíamos estar hoje mais felizes, realizados, agradecidos a Deus pela nova oportunidade de recomeçar. Ou infelizes e arrependidos, maldizendo aos céus por termos abandonado nossa zona de conforto. Sem dúvida, mudança de vida não é qualquer coisa, mas é a própria vida que mostra o caminho. Quem nunca pensou nisso, que atire a primeira pedra…
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VÂNIA ROSÃO
Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.
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