O eleitor brasileiro define, neste domingo, quem vai governar o país nos próximos quatro anos. Falta opção. Restaram dois nomes: Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. As opções podem não ser as melhores, mas podem ser as menos ruins. Faltaram, na verdade, nomes com um currículo mais bem apresentável. Mas o ideal é não deixar de votar! É preciso competência para se governar um país, mas os nomes, infelizmente, são definidos por partidos políticos e, nos últimos anos, eles não têm um histórico muito feliz, já que a corrupção invadiu esta área e está difícil alguém mais íntegro!
Enfim, como a opção é o “se correr, o bicho come, se ficar o bicho pega” o que mostram as pesquisas é que Bolsonaro será eleito no domingo. O que vimos nestes últimos 10 dias foi preocupando, sob o ponto de vista do fala desmente ou pede-se desculpas! A falta de preparo tem sido motivo para revoltar correligionários do líder das pesquisas. Seu candidato a vice-presidente fala sem pensar e já foi desmentido várias vezes pelo “chefe político”, seu filho chegou a assustar o país com um vídeo que tomou conta das redes sociais e ainda respinga em Bolsonaro que precisou correr para pedir desculpas à Nação e ao STF – Supremo Tribunal Federal. E como no Brasil tudo é possível, as mesmas redes sociais estão infestadas de fake news e se espalham mais rápido que erva daninha.
A chefe da missão da OEA – Organização dos Estados Americanos – Laura Chinchilla que está no Brasil para acompanhar as eleições se diz preocupada, pois “o fenômeno que estamos vendo no Brasil não tem precedentes, principalmente por uma razão. No caso do Brasil, está se utilizando a rede privada que é o WhatsApp. É uma rede que apresenta muitas complexidades para que as autoridades possam acessar e investigar. É uma rede que gera muita confiança nas pessoas pois são pessoas próximas a elas que mandam as notícias”.
Assim, quando o cidadão recebe uma mensagem, é porque alguém conhecido que enviou, então acredita e reenvia para outras pessoas que têm a mesma confiança e a coisa circula por todos os cantos do País. Cheguei a receber mensagem que fala em pesquisa, mostrando Bolsonaro com mais de 60% e Haddad com mais de 40%. Contestei os números ao remetente, pois a soma superava os 100% e ele simplesmente respondeu que “estava repassando a informação recebida.” Ou seja: não se chega a veracidade dos fatos e passa pra frente ou quer intrigar o outro lado.
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De qualquer forma, pelo andar da carruagem e pelos números das pesquisas o homem do PSL deve se eleger presidente. Ele só perde para uma pessoa esta eleição: para ele mesmo. E para que isso não acontece, precisa mandar todos calarem a boca, para que não se transforme em bombeiro e precise continuar a apagar incêndios! (foto: hypescience.com)
NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com