MUNDO DAS CRIANÇAS

mundo das crianças

Conheci, na semana passada, o Parque Mundo das Crianças aqui em Jundiaí e considerei de uma delicadeza incrível como coração dos pequeninos e maiores. Delicadeza para observar, respirar, brincar, trazer de volta as memórias da infância. Os funcionários, mais preparados e gentis, impossível.

Senti-me distante do meu cotidiano que passa pelo trânsito com engarrafamento, em especial na Rodovia Dom Gabriel Paulino Couto. Estava ali, tão próximo, mas é um outro mundo, em que a alegria do folguedo infantil se espalha como incenso no espaço.

Juntei ao encanto que tenho pelo Parque da Cidade.

Da Arena Capivara, é possível observar a represa de Acumulação e a Serra do Japi. A água, em vários pontos, entra pelos olhos e murmura gostoso no coração. Na Casa da Árvore Pica-Pau, que homenageia in memorian, com justiça, a advogada e professora Fernanda de Favre, há espaço para ler e brincar. Os brinquedos todos são incríveis e variados. Ao lado de um caramanchão, a placa “Pé de Música”, com o convite para se lembrar das músicas de infância, brincar de roda e dançar, bater palmas ou criar instrumentos. “Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho/ O teu pezinho bem juntinho com o meu (…)/ E depois não vá dizer/ Que você já me esqueceu…”  No caramanchão há mesa, banco e um pé de Primavera rósea.

O Parque das Águas com entorno colorido é uma sensação para as crianças. Recordei-me do quanto gostávamos de observar as fontes luminosas em Poços de Caldas. Aqui é possível tornar-se tom de alegria em meio as águas. No Zoo Urbano 3 – Capivara de Descartes, Reciclo, Logo Sobrevivo (Fernando Berg @. berg), a seguinte análise: “A capivara é o símbolo de reflexão de nosso mundo interior, de nossos medos, manias e fugas. Quais são os medos que deixamos nos dominar? Nossos pensamentos, ações e informações (re)significam nossa realidade, materializando o discurso em acontecimento. É difícil imaginar outra espécie que sobreviva e triunfe às margens da poluição como do Rio Pinheiros em São Paulo. A Capivara de Descartes é feita com calotas plásticas de carros retiradas da Serra de Taubaté, que poluem o ambiente, prejudicam a drenagem, comprometem a tração dos pneus e por fim terminam em nossos pratos e na água pela contaminação dos lençóis freáticos. Já pensou para aonde vai seu descarte hoje?”

Ainda das esculturas, há o gato Salem, inspirado no personagem do seriado “Sabrina, Aprendiz de Feiticeira”. Amei a Onça Angra. Todas feitas com materiais reciclados, numa demonstração de que é possível transformar lixo em arte. E ainda não está totalmente pronto o parque.

O Mundo das Crianças me lembra o poema “Leilão de Jardim” de Cecília Meireles: “Quem me compra um jardim com flores? /Borboletas de muitas cores, /lavadeiras e passarinhos, /ovos verdes e azuis nos ninhos? /(…)Quem me compra um raio de sol? /Um lagarto entre o muro e a hera, /uma estátua da Primavera? /(…)E este sapo, que é jardineiro?…/(Este é o meu leilão.)”.

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Mas lá não se arremata nada, não há lance. É festa de graça, todo dia, para o coração infantil.

Quem se faz sonho para as crianças tem conexão além do horizonte.

Aplaudo a todos que permitiram que o Mundo das Crianças se tornasse realidade na pessoa de nosso prefeito Luiz Fernando Machado e do superintende da DAE, Walter da Costa e Silva Filho.

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de risco.

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