Toda cidade tem personagens que do ponto de vista da cultura popular são pessoas com características incomuns. Nossa cidade que já teve inúmeros que deixaram saudades, histórias e lendas: Maria dos Pacotes, Juranda, Vandeca, Fala Moço, Gaguinho, Susto, Gilmar Leiteiro, Galeguinhos da Serra e tantos outros. Nos anos 1970 surgiu o Natal, atleta performático e todo paramentado com acessórios, que desfilava pela cidade com uma Caloi 10, épica bicicleta que era o sonho de muitos.
Natal parecia onipresente e era visto o dia todo no eixo vila Alvorada – Centro. Gostava muito de se exercitar na antiga rodoviária onde hoje é o Terminal Central. Era uma atração a parte: tirava a camisa e exibia seus músculos fazendo levantamento de peso usando uma tampa de bueiro de ferro fundido. Também tinha parada obrigatória no Bolão e lá corria quilômetros e quilômetros na pista.
Era muito comum ver o Natal correndo de costas com gritos de guerra como se estivesse no meio de um pelotão. Mas sempre estava só. Ele era muito querido por todos, mas também era vítima de comentários preconceituosos e irônicos. Quando percebia que era alvo de gozações ficava nervoso, gritava e repreendia os autores das brincadeiras. Natal acabava impondo certo medo e respeito.
Aos domingos, Natal ia à missa da Catedral Nossa Senhora do Desterro com um terno branco, alinhado, impecável e chamava a atenção dos fiéis. Hoje não vemos mais o Natal por aí. Há décadas desapareceu do centro o que levou muita gente a imaginar que ele tivesse morrido.
Mas ele continua entre nós, felizmente. Sofreu um AVC e continua morando na vila Alvorada. Não corre mais. Nem anda de bicicleta. Agora, Natal caminha lentamente, acompanhado pelos cães de estimação. E quem o reconhece pede pra tirar uma foto com ele. Há até quem publique o registro nas redes sociais (ao lado) já que Natal foi um personagem de Jundiaí, fez parte da rotina da cidade e ainda gera curiosidade e saudade.
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