Ao negro o que é de DIREITO. E mais alguns notáveis…

negro

Como os eternos descendentes do Sol, não podemos ter medo de falar aquilo que precisa ser dito. Solidariedade e inclusão fazem parte da relação dos sonhos dos nossos ancestrais, teremos que honrá-los e impedir que o portal da transgressão, que insiste no ódio e desinformação, para desestabilizar o Axé da Terra que temos, quando só o tempo pode contar. E dar ao negro o que é do seu povo por direitos, divino e humano. 

Somos indivíduos mas viajamos no coletivo, num indicativo de aproximação e vibração dos movimentos infinitos e universais. Teremos que estar atentos e com ouvido absoluto nesse rito de passagem. Somos todos iguais na história da humanidade. 

Alguns notáveis que engrandecem de uma forma ou de outra o tão concorrido bairro do Anhangabaú desde a metade do século XX, o período de grande efervescência cultural que definiu muitas coisas e causas naquela época e até os dias atuais.

Pessoas negras que se destacaram como o Silvano Benedito Alves Lima(foto), que foi um  jogador de futebol que atuou no Paulista Futebol Clube e teve três passagens pelo clube e foi considerado o Pelé do interior, era atacante e morou na avenida Dr. Francisco Pereira de Castro, nas proximidades do Senai, num terreno que pertencera a senhora Escolástica Monteiro que era avó paterna da sua esposa Nilene Monteiro, falecida recentemente aos 83 anos de idade. Silvano faleceu em 2018.

Atualmente na área da Justiça, já que estamos falando de direitos, convém destacar dois advogados cujas famílias moraram no bairro do Anhangabaú, na rua Dr. Carlos de Salles Block, perto da praça Rute Mathion, e foram contemporâneos e também vizinhos do já citado Nelson Prudêncio e são muito considerados no cenário forense. O advogado Vicente de Paula Silva, filho do senhor Eduardo da Silva e de dona Maria Piedade da Silva, foi procurador na Prefeitura de Jundiaí e atual vice-presidente da 33ª subseção da OAB, casado com Selma Mota.

O advogado Eginaldo Honório, honoris causa, goza de grande prestígio na sociedade local, filho do senhor. Eduardo Honório e de dona Benedicta Maria da Conceição Honório, também muito respeitados. Moravam perto da antiga Cadeia Pública e do prédio onde hoje funciona a DIG. Avós da Ely Medeiros Honório que é filha de Eginaldo e segue a mesma carreira que o pai, para orgulho da mãe Sueli Medeiros Honorio. 

Estas famílias eram também frequentadoras do Clube 28 de Setembro onde sempre exerceram cargos de destaque. Colaboraram com garra e elegância para o sucesso dos eventos e comemorações alusivas do clube para enaltecimento da raça e dos costumes e hábitos da cultura negra.

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Amistosamente num bate-papo informal o dr. Vicente falou de um possível parentesco com o Martinho da Vila que é da mesma cidade onde o seu pai nasceu. Martinho celebrizou a frase “tentar um banco de universidade, para ser igual a branco em qualquer cidade”. Até posso concordar, mas acredito mais que o negro tem que ser o melhor com sua capacidade. Temas relevantes criam ideias, motivação étnica e racial. De não aceitar menos do que merece.

LUIZ ALBERTO CARLOS

Natural de Jundiaí, é poeta e escritor. Contribui literariamente aos jornais e revistas locais. Possui livros publicados e é participante habitual das antologias poéticas da cidade.

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