NÚBIA deixa as ruas da vila Nambi e vai morar no Cambuí, em Campinas

NÚBIA
Caio se apaixonou por Núbia. Na foto, ele, a esposa Iza e a cachorrinha passeiam pelo Cambuí

Há 7 meses, Núbia mora no Cambuí, região central de Campinas, considerado um dos bairros nobres da cidade. Mas a história desta cachorrinha simpática começou na Vila Nambi, em Jundiaí, onde foi abandonada. Após passar dias dormindo na rua, sem água e comida, moradores sensibilizados com a situação postaram algumas fotos dela nas redes sociais. Caio Moreno mora em Campinas, viu as postagens e adotou o animal. “Foi amor à primeira vista”, conta ele.

Núbia é uma cachorra de grande porte, e por conta disso passou por várias tentativas frustradas de encontrar um lar. “Quando me interessei por ela, outra pessoa já havia adotado. Dois dias depois, recebi a mensagem que desistiram por falta de espaço e eu a trouxe para meu apartamento”, comenta Caio.

Por ter dormido muito tempo na rua Núbia estava com ferimentos, pulgas e carrapatos, então, foram necessárias algumas consultas veterinárias e tratamentos. Hoje ela é uma cachorra saudável e a companheira inseparável de Caio, que deixa uma mensagem importante: “não incentive o comércio de cães, faça uma adoção”!

A história de Núbia teve um final feliz. Mas, para a maioria dos cães sem lar não é assim. Mesmo com leis mais rígidas, o número de denúncias de abandono e violência contra animais no Estado de São Paulo é alarmante: 12.581 queixas foram registradas pela Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (DEPA), entre os meses de janeiro a julho de 2020. Esse dado representa um aumento de 81,5% em relação às 6.932 denúncias registradas nos primeiros sete meses de 2019. A pena para crime de abuso e maus-tratos a cães e gatos pode chegar a cinco anos de prisão, multa e proibição de guarda, conforme a lei nº 14.064/20, sancionada em setembro.

Desemprego, diminuição da renda, mudança de casa, término de relacionamentos e até medo de contrair a Covid-19 são os argumentos dados pelas pessoas para abandonar seus pets. Isso agrava a situação das organizações sem fins lucrativos (ONGs) que sofrem com a diminuição de doações e o aumento da demanda. A Associação Protetora dos Animais (ProAnima) apontou um crescimento de 60% no número de pessoas que querem se desfazer de seus animais de estimação.

Na região a situação não é diferente. Em Jundiaí, as principais ONGs juntas abrigam mais de mil animais abandonados e registram quedas nas doações. Com o objetivo de controlar a população pet, o Departamento de Bem-Estar Animal de Jundiaí (Debea) intensificou o número de castração e microchipagem dos animais. Até agosto foram realizadas mais de 2,4 mil cirurgias, além de atendimentos clínicos gratuitos a cães e gatos para população com renda de até dois salários mínimos.

Com essas ações Jundiaí foi reconhecida em outubro com o selo de ‘Cidade Amiga dos Animais’, concedido pela organização World Animal Protection, na categoria ‘Controle da Densidade Populacional e a Taxa de Renovação’. Os pedidos de castração de cães e gatos podem ser agendados por meio do site jundiaí.sp.gov.br ou pelo aplicativo de celular APP Jundiaí. Denuncie qualquer tipo de maus-tratos pelo 156.

Campinas – A ONG Amor de Bicho, de Campinas, que há seis anos realiza resgate, habilitação e castração, está com 140 animais, e desde outubro suspendeu os resgates por conta das dívidas que chegam a quase 50 mil. “Sem dinheiro, as pessoas não estão conseguindo cuidar dos seus animais, não castram e acabam abandonando”, explica Carolina Pimenta(foto ao lado), idealizadora da ONG.

Para não paralisar o trabalho durante a pandemia, ao receber um caso de abandono a ONG Amor de Bicho procura por um “lar temporário” que possa abrigar o cão até que ele seja adotado. Também conta com os voluntários de carona, na qual pessoas dedicam parte de seu dia para ajudar a ONG na logística de levar os animais a clínicas veterinárias ou fazer a entrega de rações e remédios aos lares temporários. “Nosso apelo é para que as pessoas cuidem de seus animais com responsabilidade. É como se fosse um filho”, comenta Carolina.(Texto: Conceição Pacheco/Fotos: álbuns particulares)

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