Escrever um texto neste momento em que todas as atenções se dirigem para as eleições, não é fácil. Há muitas pessoas felizes com o resultado, outras estão decepcionadas, mas precisamos aceitar. Estamos em um Estado democrático. Para não permanecer no assunto, que é abundante pela imprensa escrita, falada e pelas redes sociais, abordarei algo também muito importante: Como poderemos colaborar para uma futura geração de adultos menos agressiva? Estimular o uso de armas para defesa ou cultivar a paz? Questão que parece ser fácil, mas não é… Está chegando o dia 12 de outubro, dia consagrado à Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil e também o Dia das Crianças. E qual seria o brinquedo ideal?
Hoje, as famílias já pensam em presentes para as crianças e as lojas logo estarão cheias em breve. Os brinquedos que imitavam armas, tipo revólveres e metralhadoras, foram retirados do mercado pelo Estatuto do Desarmamento. Entre as muitas proibições, está a fabricação, a venda e importação de simulacros de armas de fogo de brinquedo. A sanção da Lei foi a referendo popular e recebeu a maioria de “nãos”, mas a campanha do desarmamento foi considerada sucesso, pois resultou na entrega de 443.719 armas de fogo que foram destruídas pelo Comando do Exército.
Em 2020, um deputado elaborou o Projeto de Lei 478/20 que, entre várias emendas ao Estatuto, visa permitir a fabricação, a venda e a importação de brinquedos, réplicas de armas de fogo, desde que produzidos na cor laranja. Não sei informar se essa Lei foi sancionada; mas as réplicas de armas usadas em esportes de combate, tipo, armas de Airsofte Paintball, jogos que viraram febre no Brasil, têm a ponta de cor laranja.
Muitas vezes, os pais e parentes lançam mão de “qualquer coisa” para o dia “não passar em branco. E aí é que precisamos ter cuidado!Em vez de uma “arma de brinquedo”, podemos optar por um jogo instrutivo, que poderá não agradar muito agora, mas servirá para lhe desenvolver o cognitivo e não a agressividade.
Há algum tempo, li que estava fazendo sucesso nos EUA, um boneco de nome Marv. O nome completo do boneco era “Death Row Marv”que significa: “Marv no corredor da morte.”
Como o nome está informando, o boneco é um condenado à morte. Ele está preso a uma cadeira elétrica por tiras de couro e fios colocados na cabeça. Quando é acionado por bateria, a corrente elétrica atravessa os fios, o corpo estremece e ele entra em convulsão. O “brinquedo” fazia muito sucesso…
Outro mau exemplo é este que chegou ao nosso conhecimento: um “campeão de mortes” nos EUA declarou que, quando criança, os jogos preferidos eram os que matavam “os inimigos.”
Muitos jogos virtuais com extrema violência estão disponíveis na internet com livre acesso. Crianças “caçam” os inimigos e vibram ao matá-los. Quantos mais forem mortos, mais pontuação conseguem e ganham pontos!Torna-se divertido matar!
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Por isso, cuidado ao presentear uma criança! Esse ato também é de muita responsabilidade, não compre “qualquer coisa” só para agradá-la. O mercado tem inúmeros jogos que instruem e não destroem. Procure usar o bom senso ao comprar um brinquedo! Que nossas crianças sejam protegidas e bem orientadas! Nelas está o futuro do Brasil.
Que Nossa Senhora Aparecida, também, nos ilumine e proteja, pois somos o presente de nossa Nação!(Foto: OAFE/Youtube)
JÚLIA FERNANDES HEIMANN
É escritora e poetisa. Tem 10 livros publicados. Pertence á Academia Jundiaiense de Letras, á Academia Feminina de Letras e Artes, ao Grêmio Cultural Prof. Pedro Fávaro e á Academia Louveirense de Letras. Professora de Literatura no CRIJU
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