Desde o início das investigações da Polícia Federal sobre suposto plano de golpe para fazer Jair Messias Bolsonaro continuar no poder, pessoas próximas a ele e alguns denunciados em inquéritos policiais insistiam em dizer que “estão procurando pelo em ovo!”, com o objetivo de manter clara a intenção de que o ex-presidente “jamais” pensou em se manter no cargo, após a derrota em outubro de 2022.
Isso tudo ocorreu no ano passado, quando as primeiras ações da Polícia Federal indicaram que o caminho levava a Bolsonaro. Ações ocorreram, pessoas foram presas, Mauro Cid, o braço direito, esquerdo e tudo que envolve Bolsonaro, fez delação premiada e, finalmente, há pouco mais de uma semana explodiu mais uma bomba com a localização de mais “minutas de golpe”, mais militares presos, mais troca de mensagens dos envolvidos e mais planos de golpe que as redes sociais já diziam que eram “impressos e auditáveis”, para lembrar a velha ação de Bolsonaro que insistia que o voto tinha que seguir este caminho e não o das urnas eletrônicas. Se tudo isso não é pelo em ovo, o que seria?
Documentos foram impressos no Planalto, reuniões da residência oficial do presidente, no Palácio do Alvorada, teve encontros para discutir ações que envolviam a morte de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Tudo isso faz parte das investigações feitas pela Polícia Federal e que já estão na Procuradoria Geral da República (PGR).
Como parte da cúpula militar não apoiou o plano de golpe, a publicação do decreto acabou fracassando, porque Bolsonaro começar a se sentir sozinho e, também, por conta do que ocorreu, também em 2022, no Peru, quando o ex-presidente Pedro Castilho, tentou dissolver o Congresso para se manter no poder e acabou preso.
Golpe não concretizado, mais processos caminhando, Bolsonaro se diz perseguido, mas não descarta se refugiar numa das embaixadas de países onde a extrema direita manda e desmanda. Fala-se, até, numa fuga num jatinho qualquer.
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Claro que ninguém, até hoje, encontrou pelo em ovo ou chifre em cabeça de cavalo, mas as investigações mostram um suposto envolvimento de Jair, o Messias Bolsonaro, em toda esta história de Plano de Golpe. Mauro Cid que o diga!!!(Foto: Valter Campanatto/Agência Brasil)
NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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