Nem bem nos despedimos dos famigerados panetones e já estamos dando as boas vindas para eles, sim, os ovos de Páscoa. É impossível não perceber a presença colorida deles nos corredores dos supermercados e ficar imune à beleza das embalagens. O Domingo de Páscoa vai cair esse ano dia 9 de abril, e até lá teremos de nos render ao charme e sedução dos itens de Páscoa. Quem não tem uma história de Páscoa, que atire o primeiro bombom.
Só para ressaltar a verdadeira paixão que o brasileiro tem pelos ovos de Páscoa, pesquisei no Google e descobri que o ano passado foram comercializados no país 10 mil toneladas de ovos de chocolate, o que significou um crescimento de 13% em relação ao mesmo período anterior. E em 2023 a meta é crescer mais ainda. Só a Garoto pretende produzir dois milhões de unidades. É chocolate que não acaba mais.
Cá entre nós, existe coisa mais gostosa do que abrir um ovo de Páscoa? Quem nunca sentiu essa sensação não teve infância. E na minha época de criança tínhamos um verdadeiro ritual na hora de degustar essa iguaria, afinal, era apenas um ovo e procurávamos tirar proveito de cada minuto. Começava com o chacoalhar do ovo, só para sentir os bombons. Hoje em dia, para desgraça das novas gerações, alguns ovos nem recheio têm. O mundo ficou muito chato.
Em seguida vinha a parte mais prazerosa: desamarrar a fita de cetim e ir abrindo com todo o cuidado o papel celofane decorado e o metalizado,para não afundar a casca. Parece que estou me vendo agora nessa atividade. Sempre uma surpresa gostosa. Comia primeiro os bombons, depois atacava as cascas lentamente, para o chocolate render vários dias.
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Essas recordações voltam à minha mente sempre nesta época do ano. Só que agora tem um diferencial. Na minha infância não me preocupava com as calorias. Quanto mais chocolate melhor. Hoje, com alguns quilos de diferença (para mais…) minha preocupação é segurar o consumo para evitar mais peso na balança. Realmente, o mundo ficou muito chato…(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
VÂNIA ROSÃO
Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.
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