O retorno do ano letivo já começou na maioria das escolas do país. Pais e filhos sofrem com a ansiedade em função da mudança de rotina. Esse período costuma ser uma fase de adaptação para os novatos e, também, de readequação para os veteranos.
É comum que nas férias escolares o estudante se acostume com outro ritmo. Porém, à medida que o retorno à escola se aproxima, é preciso restabelecer a antiga rotina para que ele esteja, de fato, preparado para o reinício das atividades escolares.
Para o psicoterapeuta Iarodi Bezerra(ao lado), os pais têm papel importante no processo de ajudar os filhos no retorno às aulas. “Eu percebo que os pais cobram imediatamente o cumprimento da rotina, a adaptação ao horário de acordar e esquecem que as crianças estavam em uma fase de brincadeiras; o ritmo irá voltar aos poucos”, explica.
O psicoterapeuta alerta, ainda, que o estímulo deve ser gradual e serve tanto para as crianças quanto para os adolescentes. Entretanto, essa não é uma tarefa difícil, somente, para os estudantes.
A microempresária Caroline Cerqueira, 33, vive momento de angústia com o pequeno Manuel, de 2 anos, que irá começar na educação infantil. A mãe confessa que já vive momentos de preocupação. “Estou preocupada desde o dia em que fui realizar a matrícula. Ele é tão pequeno, mas já precisa começar a estudar esse ano. Espero que ele se adapte bem rápido e tenha uma boa relação com os coleguinhas”, conta Caroline.
“Para esses pais, no primeiro momento, o principal é lidar com a ferida narcísica do desapego e trabalhar a ansiedade em relação às crianças. O choro, a birra e chateação serão naturais; então, é compreender que eles precisam de tempo para adaptação e seguir as recomendações das escolas que, em alguns casos, solicitam a permanência dos pais por um período”, aconselha Iarodi.
Outro motivo de preocupação é a gestão financeira envolvendo a escola. Além das mensalidades, custos com transporte e materiais escolares também pesam no orçamento doméstico. “Esse é um outro fator que pode acarretar cobranças e expectativas dos pais em relação aos filhos, principalmente os que estão no ensino médio”, pontua Bezerra.
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