Gosto demais da sabedoria popular. Eu olho pro passado. Ensina-me a enfrentar obstáculos ou a reconhecer que, em muitas coisas, não tenho obstáculo algum. Tenho um amigo, Luís Alberto, que escreve com fluidez e diz dessa sabedoria que carrega. Apresenta-se como: “Eu sobrevivi (até aqui). Tenho história pra contar, eu vivi… Para aprender a ter sucesso, você deve primeiro aprender a falhar”.
Há pouco tempo, escreveu sobre o existir, na vida das pessoas, vários mundos, mas desta vez quis escrever sobre dois: o social e o espiritual. Comentou que se fosse pelo mundo social, provavelmente estaria no crime, que é o que sobra, segundo ele, para os esquecidos. A sua vida espiritual, a partir do que ouviu de seus avós enquanto crescia, a partir da Bíblia, lhe deu outros rumos. Destacou que Deus transformou um pastor de ovelhas em rei, um homem pediu a Deus sabedoria e Ele lhe deu riquezas, um escravo, temente a ao Senhor, recebeu cargo importante no Egito. Acrescenta: “Se Deus pode fazer isso na vida desses caras, Ele pode fazer na minha também. Tá ligado? Porque, mano, não há esperança nas favelas, nas quebradas, socialmente falando. Pra nós não há esperança, acabou mano, é isso, vai virar bandido, vai morrer e é isso, tá ligado. Mas espiritualmente falando, tem esperança, mano, e foi minha fé que me colocou lá. (…) Deus escolhe as coisas que não são, justamente para explorar o máximo do poder dEle naquelas coisas. (…) Buscai o Senhor, enquanto se pode achar…”
Gosto dele, da esposa e dos filhos. Estão sempre atentos ao que acontece no mundo e em torno. Não deixam passar possibilidades de salvação.
Admiro muito essa colocação dele:
“Eu olho pro passado
De repente, na minha mente vem um filme
Quantos amigos eu perdi pro crime.
Ouço a multidão me chamar
Deixa os trampos caminhar,
Enquanto Deus não me levar eu vou marchando firme.
Essa vai pra todos falsos enrustidos (…)
Cuidado com quem cê chama de amigo
Aperta a mão, fala que é irmão
Tempo atrás não era assim, não.
Mas só que eu não ligo.
O importante é pôr comida no prato dos meus filhos
Mas não vou mentir, também quero juntar uma milha
E andar na picadinha, as correntes brilham,
Sonho de vagabundo é dar o melhor pra família..
Só cuidado para não perceber tarde demais que os dias comuns eram os dias extraordinários...(Foto: Taryn Fry/Pexels)

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE
É professora e cronista
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