Mesmo com tanta tristeza, lendo e ouvindo assuntos de doenças que grassam por todos os lados, não podemos perder o patriotismo!
Catástrofes que tiram nosso equilíbrio podem acontecer, mas a brasilidade e o patriotismo devem imperar.
Conhecer os símbolos nacionais é importante, eles que nos destacam no mundo: a Bandeira, o Selo, o Brasão de Armas e o nosso maior orgulho, o Hino Nacional!
O povo brasileiro, não generalizando, fica-lhe devendo atenção. Antigamente, era cantado nas escolas; com o tempo, esse hábito tão patriota desapareceu e poucos da nova geração sabem a letra do Hino Nacional completa.
No dia 13 de abril será comemorado o Dia do Hino Nacional!
Só para fundamentar o meu argumento acima, narrarei uma passagem:
Em certo dia 13 de abril, visitei uma escola para fazer uma palestra. Vários professores sentaram-se ao meu redor. Para inicio de conversa, talvez como “aquecimento”, ainda na apresentação, perguntei:
– Vocês sabem o que se comemora hoje?
Alguns responderam:
– Sim, é o “Dia do Beijo”!
(Por acaso, é mesmo!)
E dia de mais o quê? Eu perguntei.
Não sabiam e ficaram admirados quando falei:
– Hoje é o Dia do Hino Nacional Brasileiro!
Claro que fiquei triste, porque eu estava em uma escola, com professores!
Assim, sempre que tenho oportunidade, exalto o Hino Nacional e conto a sua história!
O nosso Hino Nacional tem a letra mais culta entre os que conheço! Muitos hinos têm apelo às armas, à guerra, como a “Marsellaise”: “aux armes, citoyens, formez vous bataillons, qu’unsang impur abreuve nos sillons!”(às armas, cidadãos, forme seus batalhões, deixe um sangue impuro banhe nosso solo).
Ou como o dos Estados Unidos: “the bombs bursting in air, gave proof through the night tha tour flag was still there!”(as bombas estourando no ar, deu-nos prova, durante a noite, de que nossa bandeira ainda estava lá). O da China, traduzido: “Com nosso sangue e nossa carne, construamos outra Muralha da China!” e segue com 11 versos, incitando a avançar, a marchar, a lutar!
O Hino Nacional Brasileiro tem ufanismo em sua letra: “Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido, colosso…” mostrando que o Brasil é grande pela enormidade do seu território e fortaleza de seus filhos. No verso “ Em teu seio, ó Liberdade, desafia nosso peito a própria morte” está o bravo povo que o defenderá até a morte! E assim ele segue, exaltando o céu, as estrelas, o mar, os campos, as flores. Culminando com esse pensamento bem significativo: “Verás que um filho teu não foge à luta, nem teme quem te adora a própria morte, Terra adorada! Entre outras mil, és tu Brasil, ó Pátria amada!”
O inteligente Osório Duque Estrada esbanjou sabedoria ao escrever a letra do Hino Nacional Brasileiro, tanto na exaltação, quanto nos termos. Com certeza, desejava um país liberto, varonil e arrojado!
Ao escrever, com as melhores das intenções, usou figuras de linguagem que obrigam os professores a pesquisarem, por exemplo, na frase:
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante”, inúmeras pessoas dizem que foi o povo que ouviu o brado retumbante. Ledo engano, quem ouviu o brado foram as margens plácidas!
Como pode acontecer isso? Ele usou uma figura de pensamento – quando se dá qualidade de ser humano a algo inanimado, nesse caso às margens. Essa figura de pensamento chama-se personificação.
E o que terá acontecido com o verso: “Em teu seio, ó Liberdade”? Também usou uma figura de pensamento, dando-lhe uma característica humana (seio).
Alguns dizem que é rebuscado demais, eu penso que leva à aprendizagem, que os professores devem saber interpretá-lo muito bem para ensiná-lo aos alunos. Valorizá-lo!
Há obrigações legais, determinadas pela Lei no. 5.700, de 1/9/1971, que não são cumpridas. Ressalto o art. 39:
‘É obrigatório o ensino do canto e da interpretação da letra do Hino Nacional em todas as escolas públicas e particulares, de primeiro e segundo graus .’
Bem, agora vai uma explicação, também importante: comemora-se o Dia do Hino Nacional Brasileiro no dia 13 de abril porque ele foi tocado pela primeira vez, nesse dia, quando D. Pedro I, tendo abdicado em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara (Pedro II),partiu para Portugal, no ano 1831.
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Mas a música só foi oficializada em 1890, pelo Marechal Deodoro. Ficou sem letra por 91 anos! Só em 6 de setembro de 1922, véspera do Centenário da Independência, a letra que conhecemos se tornou oficial.
Outra curiosidade: o autor da música e o autor da letra não se conheceram. Francisco Manuel da Silva – música – faleceu em 1865 e Osório Duque Estrada – letra – nasceu em 1870! Viva o Hino Nacional Brasileiro!(Foto: leouve.com.br)
JÚLIA FERNANDES HEIMANN
É escritora e poetisa. Tem 10 livros publicados. Pertence á Academia Jundiaiense de Letras, á Academia Feminina de Letras e Artes, ao Grêmio Cultural Prof Pedro Fávaro e á Academia Louveirense de Letras. Professora de Literatura no CRIJU.
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