PEC ou não PEC, eis a questão!

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Deputados federais resolveram, na semana passada, sujar ainda mais a Câmara, legislando em causa própria. A PEC da blindagem, já chamada de PEC dos Ladrões, PEC da Bandidagem, foi aprovada por parlamentares que esqueceram que têm a obrigação legislar em favor dos brasileiros. Ao contrário, estão legislando puxando a brasa para a própria sardinha, procurando preservar as possíveis falcatruas que fazem na calada da noite. Hugo Motta acabou sujando o próprio nome como líder político e enterrou e enterrou seu futuro.

Depois do motim dos deputados do PL, ocorrido há pouco mais de um mês, Motta resolveu baixar a cabeça e aceitar este projeto de emenda constitucional que é do que inconstitucional. O voto secreto, também aprovado, mostra que ninguém vai saber quem votou pra preservar deputados suspeitos de crimes, o que poderia lhe custar o mandato. Na verdade, o que se vê no Brasil, é que o absurdo acabou se transformando em cotidiano. Os erros do Legislativo ocorrem todo dia, com os parlamentares deixando de lado votação de projetos importantes porque querem preservar a própria pele.

Juristas já afirmam que esta PEC deve ser derrubada no Supremo Tribunal Federal, por ser inconstitucional. Aí, os deputados chorosos vão dizer que o judiciário está invadindo o espaço do legislativo. Mas esquecem que o judiciário avalia os projetos e, sendo considerados inconstitucionais, são barrados. Esquecem também a principal missão dos parlamentares: legislar para os brasileiros. Só pensam na blindagem e buscam a anistia dos golpistas de 8 de janeiro. Claro que tudo isso vai passar pelo Senado. Passará e não deverá ser aprovado, o que criaria, entre os parlamentares uma intriga infindável.

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Diante disso tudo, mais bagunça na Câmara Federal. O PL, partido do Jair, resolveu transformar em líder da minoria o deputado antipatriota, Eduardo Bolsonaro que, desde fevereiro fixou residência nos Estados Unidos para trabalhar contra o Brasil. O líder não tem obrigação de estar presente nas sessões e, para não perder o mandato e a mamata de receber seu “salariozinho” de deputado, algo em torno de R$ 40 mil. Ele continua não fazendo nada no Parlamento, mas trabalhando contra o país e contra os eleitores que acreditaram nele. Como se a família Bolsonaro fosse de pessoas confiáveis!

No mais, o ex-presidente, o Jair, continua com crises de soluço e precisando, de vez em quando, abandonar a prisão domiciliar para correr ao hospital. E Alexandre de Moraes permitiu que Michelle, a mulher do Jair, realize reuniões de oração em sua casa. O ministro Flávio Dino continua trabalhando para barrar as emendas parlamentares. E atua, também, em cima da CPI da Covid e punir, eventuais falhas do governo anterior.(Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

NELSON MANZATTO

É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.

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