Pedro Bigardi, pré-candidato à Assembleia Legislativa, quer 70 mil votos

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O ex-prefeito Pedro Bigardi, agora no PCdoB, é pré-candidato à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp). Ele tem como meta conseguir 70 mil votos nas eleições de 2 de outubro. Há quatro anos, concorrendo ao mesmo cargo, só que pelo PDT, Bigardi teve pouco mais de 21 mil votos. Para o político, aquela eleição foi atípica, com muitos candidatos de fora recebendo votos de jundiaienses. Nesta entrevista, Pedro Bigardi revela o motivo de ter deixado o Rede Sustentabilidade, a escolha pelo PCdoB, quais os temas mais relevantes para Jundiaí e região na Alesp e como será o relacionamento com o prefeito Luiz Fernando Machado, caso seja eleito. Confira:

Nas eleições municipais de 2020 você concorreu pela Rede. Em diversas entrevistas disse que queria estar em um partido para construir um projeto. Você saiu da Rede. O que aconteceu?

De fato tentamos montar um projeto político na Rede. Mas houve muita dificuldade de mobilização de pessoas. Talvez tenha sido o momento. Não conseguimos atrair pessoas para o partido. Apenas um grupo foi para a Rede. Na época não conseguimos nem montar chapa de vereadores. Isto inviabilizou o projeto e decidi voltar para o PCdoB.

Por que escolheu retornar para o PCdoB?

Acabei recebendo um convite do deputado federal e ex-ministro Orlando Silva e entendi que valeria a pena retornar por causa da relações que criei no partido e tudo que fiz como deputado e prefeito. Quando era do partido criei relações históricas em São Paulo todo e até em outros estados já que fui da direção nacional. Creio que estas relações me ajudarão a reconstruir minha trajetória na política. O ambiente é outro. Ainda existem muitas rivalidades. Mas é um ambiente um pouco melhor do que anos atrás…

Você concorrerá a deputado estadual. Em 2018, também disputando uma cadeira para a Assembleia Legislativa, conseguiu pouco mais de 21 mil votos. Na época estava no PDT. Se naquele ano tivesse disputado pelo PCdoB teria sido eleito, Pedro?

Aquele ano foi muito diferente, com muitos votos indo para fora de Jundiaí. Muitas pessoas receberam voto e nunca vieram na cidade, que ficou sem representatividade. Os candidatos conhecidos de Jundiaí perderam muitos votos. Poderiam ter sido eleitos dois, três deputados. Foi uma pena já que Jundiaí sofreu estes anos com a falta de parlamentares da cidade. Se eu estivesse no PCdoB, por conta das minhas relações internas, talvez teria sido um pouco diferente. Esta é uma avaliação difícil de fazer…

Entre os bolsonaristas, ser comunista equivale a ser a pior das pessoas. O que você acha deste radicalismo? Não teme pela sua segurança?

Acredito que estas distorções, criando carimbo de ‘esquerdismo’, ‘petismo’, ‘comunismo’ e outros ‘ismos’, transformaram a política em uma coisa de muito ódio. São conceitos distorcidos. Fui do PCdoB por nove anos e quem me conhece sabe que desejo o bem comum, justiça social, democracia. Estes são os princípios que regem a minha vida. Não tenho receio nenhum. O que precisa é acabar com este ódio todo que está embutido na política…

Qual a sua meta de votos para este ano?

Minha meta é de 70 mil votos. Vou trabalhar para isto…

O que fará de diferente em relação a eleição de quatro anos atrás?

Tenho um pouco mais de tempo, posso me dedicar mais. Em 2018 e 2020 não tive tempo para me dedicar às campanhas. Estava trabalhando muito na minha profissão.

Quais os temas que pretende explorar nesta campanha? Pretende entrar na polarização que hoje domina a política do país?

Não quero entrar na polarização. Muito pelo contrário. Acho que ela é ruim para o país. Cada um tem seu lado. Mas isto não deve ser transformado em ódio. Eu quero defender as bandeiras que tenho trabalhado muito nos últimos anos: planejamento de cidades, habitação, meio ambiente, regularização fundiária, desenvolvimento econômico e geração de emprego. Tenho conversado com muita gente sobre estes temas e tenho trabalhado nisto nos últimos anos…

Se for eleito, quais as suas prioridades para a Região Metropolitana de Jundiaí?

Antes de mais nada, a Região Metropolitana de Jundiaí precisa ter deputados estaduais e federais para trazer recursos, verbas para entidades e prefeituras, abrir portas nos governos estadual e federal.

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As duas últimas campanhas municipais mostraram que você e o prefeito Luiz Fernando Machado têm diferenças aparentemente irreconciliáveis. Lula e Alckmin também tinham e superaram isto. Se for eleito, as diferenças com o prefeito poderão ser superadas para o bem de Jundiaí?

A chapa Lula e Alckmin é um exemplo de que podemos construir as coisas no Brasil. A democracia está em risco. A soberania nacional está em risco. O desenvolvimento econômico e social está em risco. A união de Lula e Alckmin tem o objetivo de reconstruir o que foi destruído nos últimos anos. É um exemplo no sentido do diálogo. Conversei com o ex-governador Alckmin e ele disse que a ideia é dialogar, unir pessoas diferentes para reconstruir o Brasil. Se eu conseguir ser eleito irei dialogar com todos os prefeitos da região, inclusive com o Luiz Fernando. Vou sentar e conversar, ver o que é possível ajudar com Jundiaí. Vou atuar de forma institucional.

Pedro, o PCdoB terá um candidato jundiaiense para a Câmara dos Deputados?

Não. Vou fazer dobradinha com o Orlando Silva. Podemos ainda ter dobradinhas com candidatos de outros partidos. Mas ainda estamos conversando sobre esta possibilidade…

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