O prefeito Luiz Fernando acaba de afirmar a uma rádio local que “os radares de trânsito serão novamente instalados na cidade de Jundiaí”. O debate sobre a importância da colocação dos radares em locais estratégicos é necessário tendo em vista o desrespeito crescente às leis de trânsito e o aumento de acidentes, inclusive com vitimas fatais. Mas o que chama a atenção neste caso é a postura do atual prefeito tratando o caso como fazia na campanha, em que procura me atacar num jogo de palavras que confunde as pessoas. Diz ele, nesta entrevista atual que “os radares serão instalados sem a pegadinha da multa como era no passado”.
Chega a ser inacreditável esta frase colocada na boca do atual prefeito. Primeiro porque o contrato dos radares à qual ele se refere foi realizado em 2009 e 2011, com as empresas Splice e Engebras, ou seja, no período em que Luiz era vice-prefeito e tinha ligações políticas com o governo da época. Se houve alguma ‘pegadinha da multa’ ela foi criada no governo do qual ele participou.
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Quando assumimos, em 2013, tivemos que cumprir um contrato pré- estabelecido com as condições técnicas já definidas, onde os radares (na verdade eram ‘super-radares’) e aplicavam mais de uma multa no mesmo local. Havia impossibilidade jurídica para rompimento do contrato, mas assim que venceu o prazo na segunda metade do governo (em 2015) desativamos o sistema. Após o cancelamento do contrato iniciamos os estudos para verificar quais pontos receberiam equipamentos de controle, mas sem a preocupação de arrecadar como era o caso do contrato anterior com os super-radares.
Também chama a atenção que durante a campanha, Luiz dizia categoricamente que não instalaria os radares na cidade e agora muda completamente de discurso. Aliás, parece que a chamada ‘indústria da multa’ já mostrou sua presença na cidade desde o primeiro dia deste governo atual.
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Se existiu alguma ‘pegadinha’ nas multas (super-radares) ela começou no contrato que era anterior ao meu governo. Se existiu alguma ‘pegadinha’, esta ocorreu na campanha quando o atual prefeito dizia uma coisa e agora faz outra.
O debate sobre os riscos e a segurança no trânsito merece uma reflexão mais profunda e que tenha como preocupação a verdadeira segurança de pedestres e motoristas e não este ‘joguinho’ de desinformação. (foto acima: portaldotransito.com.br)
PEDRO BIGARDI
É jundiaiense, 57 anos, engenheiro civil, casado com Margarete e pai de Patricia, deputado estadual (2009 – 2012) e prefeito de Jundiaí (2013 – 2016).