Pesquisa do Ibope, divulgada nesta quinta-feira, mostra que o presidente Michel Temer chega a 70% de reprovação por parte dos brasileiros. Mesmo número registrado por Dilma Roussef e são os presidentes que têm a maior reprovação. Todos nós sabemos ou lembramos das pesquisas eleitorais, quando um número é divulgado e os candidatos envolvidos são entrevistados pela imprensa. O líder diz que vai se manter à frente até as eleições e os outros que correm atrás ou dizem que estão subindo e que vão virar o resultado ou afirmam que a verdadeira pesquisa sai no dia das eleições. E todo mundo vê que as pesquisas mostraram que aquele que venceria as eleições acaba conseguindo este resultado.
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Mas é fundamental para um presidente da República que as pesquisas sejam avaliadas por seu corpo de aliados, seu primeiro escalão. Não se pode ignorar que um trabalho realizado seja criticado pelo povo, exatamente aquele que o colocou no poder. E isto precisa ser dito que, quem preside o País está no cargo porque o povo o ajudou a colocar lá. Os milhões de votos dados a Dilma, que perdeu seu mandato, foram repassados para Temer. Não se pode dizer que ninguém votou no Temer. Votaram sim, tanto que ele está no cargo de presidente. Se Rodrigo Maia assumir, aí sim, pode-se dizer que não representa a Nação, pois não foi eleito para o cargo maior.
A Constituição brasileira, promulgada em 1988, diz que a sucessão presidencial é feita desta maneira: impedido o presidente, assume o vice, impedido este, assume o presidente da Câmara, impedido este, assume o presidente do Supremo.
Mas o que a equipe de Temer tem que avaliar é que a pesquisa diz que apenas 5% da população diz que seu governo é ótimo ou bom. A impressão que se tem é de que estes 5% são os políticos que estão ao lado de Temer ou aqueles que ganham algum benefício por ele estar onde está. Está na hora de se jogar fora o óleo de peroba que serve para se passar nos “caras de pau” e começar a mudar este país.
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Viver diante de tanta incompetência é sinal de que todos os homens do presidente não foram preparados, junto com ele, para ocupar o lugar que ocupam. O “Fora Temer” não é suficiente para mudar o que está lá. A culpa cabe, também, a Gilmar Mendes, quando votou contra a cassação da chapa Dilma-Temer, garantindo que isso ajudar a fazer crescer a ingovernabilidade. Ou se vota com justiça ou não se vota! Ou se põe o país nos trilhos ou deixa o trem do destino acabar com a farra do boi. Hora de mudar, porque assim dizem as pesquisas. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com