O vereador Madson Henrique(foto) conversou com a direção do PL de Jundiaí na manhã de hoje(8). Ele é um dos parlamentares do partido que votaram em Edicarlos Vieira(União Brasil) para a presidência da Câmara. Os outros dois são Tiago da El Elion e João Victor, que estão viajando. A reunião será remarcada. “Estamos em clima de paz. Vamos aguardar. Acredito que será uma nova fase de alinhamento da bancada”, afirmou Madson. O presidente do partido, Adilson Rosa, foi procurado e não deu retorno.
O PL não só orientou como fez os vereadores eleitos assinarem ata de uma reunião, além de enviar notificação extrajudicial para que todos votassem na candidata do partido, Quezia de Lucca. Ela foi escolhida por ter sido a mais votada da sigla nas últimas eleições. A vereadora teve mais de 8 mil votos. No entanto, no dia 1º de janeiro, Madson, Tiago e João Victor escolheram o candidato do prefeito Gustavo Martinelli, também do União Brasil. A parlamentar, além do próprio voto, recebeu o apoio de Leandro Basson e Rodrigo Albino.
A reação de Quézia veio no final da sessão extraordinária. Depois de cumprimentar Edicarlos, Quézia disse que “muito mais do que ter um cargo ou poder, o que é mais valioso é a nossa palavra. Pode ser que nos outros partidos exista um consenso de não eleger seus próprios candidatos. Mas, uma bancada com seis vereadores e termos uma deslealdade partidária como a de hoje é inadmissível. A palavra precisa ter honra e caráter. Eu sou de um partido e o honro”, disse. Em seguida, Quézia agradeceu Leandro Basson e Rodrigo Albino, que em todas votações escolheram os nomes do PL.
Na quinta-feira(2), Adilson Rosa postou um vídeo nas redes sociais pedindo para que os três vereadores “tenham a decência de deixar o partido já que não comungam dos valores e princípios do PL ao apoiarem o candidato do prefeito eleito(Gustavo Martinelli). O representante do PL adiantou que se os três não pedirem para sair, será aberto processo administrativo para a tomada de medidas cabíveis “para a limpeza no partido”. Existe a hipótese de que Rosa estaria apostando na expulsão dos parlamentares por infidelidade partidária e, desta maneira, o PL permaneceria com os mandatos de Madson, Tiago e João Victor. Um advogado especializado em Direito Eleitoral afirmou que esta possibilidade não existe.
Rosa lembrou que os seis vereadores do PL somaram quase 53 mil votos. “Nós tínhamos fechado um acordo pré-eleitoral estipulando que o candidato a presidência da Câmara seria o nosso vereador mais votado, no caso, a Quézia de Lucca. Este acordo foi reafirmado numa reunião do diretório municipal com os vereadores eleitos. Todos assinaram a ata da reunião concordando com a candidatura da vereadora. Para a nossa surpresa, tivemos três traições nas votações de ontem: Madson Henrique, Tiago Da El Elion e João Victor. Os três são evangélicos, inclusive”, ironizou Rosa.
Boa análise! A partir deste cenário, na sexta-feira(3), o Jundiaí Agora fez a seguinte análise: a ‘traição’ pode ter três resultados: Madson, Tiago e João Victor deixarem o PL por conta própria; os vereadores serem expulsos do partido ou toda esta confusão acabar em pizza. Se a última hipótese for confirmada, se nada acontecer com os vereadores que votaram em Edicarlos, ficará evidente que o PL – que detém hoje a maior bancada da Câmara – se apequenará moralmente. Adilson, depois de um discurso forte nas redes sociais, ficará desacreditado. Por sua vez, será evidente que a vereadora Quézia de Lucca, será a única vítima de um acordo não cumprido. O PL continuaria sendo a maior bancada. Desunida, mas ainda a maior.
As outras duas possibilidades reduzirão o Partido Liberal fisicamente. Se os vereadores aceitarem o pedido de Adilson Rosa e deixarem o PL, o partido passará a ter três vereadores apenas. Esta hipótese é pouco provável já que Madson, Tiago e João Victor perderiam o mandato. Eles não colocariam a cabeça na guilhotina. Quanto as chances de serem expulsos, isto é possível. Só que os parlamentares manteriam os mandatos e migrariam para outros partidos. O PL também passaria a ter três vereadores. Ao receber o texto, Adilson Rosa respondeu: “boa análise!”.
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