Prefeito de Jundiaí fala sobre ELEIÇÕES 2022

prefeito de Jundiaí

O prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado(PSDB) afirma que, ganhando Jair Bolsarono ou Lula para a presidência da República, os próximos dois anos de mandato serão alinhados com o Governo Federal. O mesmo se aplica ao Palácio dos Bandeirantes, embora acredite que Rodrigo Garcia, que também é tucano, seja a melhor opção. Nesta entrevista, o prefeito de Jundiaí fala também sobre Geraldo Alckmin, João Doria e a polarização. Confira:

Como o senhor analisa a polarização política que vivemos hoje?

O que vemos hoje, no Brasil, é uma polarização além do campo político-partidário, temos uma sociedade dividida, criando-se uma cizânia no eleitorado em razão de suas preferências. São inadmissíveis os casos de violência registrados em razão de “disputas promovidas por torcidas organizadas eleitorais”.

Ganhando Bolsonaro ou Lula, acredita que a polarização acabará? Ou este é um fenômeno que os brasileiros que não estão ligados a um lado nem ao outro, terão de se acostumar?

A polarização é um fenômeno antigo na humanidade e não está restrita ao do Brasil, tendo em vista o que ocorreu nas últimas eleições norte-americanas em 2020, na disputa entre Donald Trump e Joe Biden. Há diversos registros de polarizações no mundo todo.

Geraldo Alckmin foi um dos grandes nomes do PSDB, seu partido. Como é vê-lo ao lado de Lula?

Até onde consigo analisar, a composição da chapa é um aceno de Lula aos eleitorado de centro. Alckmin foi alçado na campanha como interlocutor entre empresários, igreja e esferas mais conservadoras da sociedade.

Se o candidato do PT ganhar as eleições, como ficará a Prefeitura de Jundiaí nos próximos dois anos do seu mandato?

Sou prefeito de Jundiaí, escolhido duas vezes pela população, e, portanto, o responsável por dar a resposta aos principais problemas da cidade, do funcionamento do Hospital São Vicente ao aumento de vagas nas creches. Desde 2017, quando iniciei o mandato, eu governo com o presidente da República que foi escolhido de forma democrática pelos brasileiros.

E como estão as relações com o governo Bolsonaro? Deverão continuar iguais nos próximos dois anos?

Meu trabalho como prefeito de Jundiaí é feito com o propósito de construir pontes com o governo federal e trabalhar pelo bem de Jundiaí. Foi assim com o ex-presidente Michel Temer e tem sido da mesma forma com o presidente Jair Bolsonaro.

Quando o ex-governador João Doria ainda era candidato à presidência, o senhor era um dos principais nomes da campanha dele, sendo responsável pela comunicação do então candidato do PSDB. Como foi este trabalho? Qual a avaliação que o senhor faz deste período?

Avalio o trabalho executado naquele período de forma positiva. O PSDB foi o único partido que teve candidato legítimo oriundo de prévias. E por circunstâncias adversas ao processo eleitoral do momento, o nome escolhido pelo partido abriu mão de ser candidato e se afastou da cena política.

Aliás, o PSDB – que sempre disputou a presidência com o PT – este ano não tem candidato ao cargo. O que o Brasil perde sem os tucanos na disputa?

Desde a redemocratização, o PSDB foi o único a conquistar uma eleição presidencial em primeiro turno. Foram duas vezes, com Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998. O partido tem o legado do plano real, da lei de responsabilidade fiscal, do combate com êxito à inflação. Por tudo isso, o PSDB ficar fora da disputa tem valor simbólico considerável.

Governo de São Paulo: Ainda dá para Rodrigo Garcia ganhar as eleições?

Sim, o Rodrigo Garcia tem grande potencial de crescimento para ir ao 2⁰ turno. De acordo com a pesquisa Datafolha de 15 de setembro, ele cresceu quatro pontos e já empatou tecnicamente com o segundo colocado.

O senhor está envolvido com a campanha dele?

Sem dúvida, principalmente, porque tenho certeza de que o Rodrigo Garcia é a melhor opção para conduzir o Estado de São Paulo. Ele tem 28 anos de experiência como gestor público, conhece os municípios paulistas como ninguém e deu a sua colaboração, em diferentes funções, para ajudar na construção desse estado forte, que é a locomotiva do Brasil. Em Jundiaí, foi o governador Rodrigo Garcia que definiu a participação do Estado no financiamento do Hospital São Vicente, que atende a Região Metropolitana de Jundiaí.

Jundiaí sempre foi uma cidade simpática ao PSDB. Ele deverá ter muitos votos aqui?

É o que se espera em razão do reconhecimento da população por quem, de fato, trabalha alinhado à vocação de desenvolvimento da cidade e tem compromisso com o desenvolvimento da nossa região. Rodrigo Garcia providenciou o restauro da estação ferroviária, investiu no Mundo das Crianças, com a instalação do Centro de Inovação da Educação Básica Paulista (CIEBP), entregou 195 unidades habitacionais no Jardim São Camilo, regularizou áreas no Jardim Antonieta, destinou R$ 29 milhões/ano para o Hospital São Vicente e viabilizou obras viárias, além do recapeamento da marginal do Rio Jundiaí. Também foram liberados recursos direcionados para investimentos em mobilidade para o município, no montante de quase R$ 150 milhões. Importante também ressaltar o seu empenho para tornar realidade a Região Metropolitana de Jundiaí.

Haddad e Tarcísio: Se um dos dois for eleito governador de São Paulo, como irá se relacionar com o escolhido?

O cenário ainda não está definido. O que posso afirmar é que tenho o papel de dirigir a cidade de Jundiaí e tirar os projetos importantes para o seu desenvolvimento do papel, conforme está no meu plano de governo. E isso é obrigação de qualquer gestor responsável, além de se relacionar de forma democrática, respeitosa e urbana com qualquer que seja o governante eleito pela população, em busca do bem comum da sociedade paulista.

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