Quem comandará a Prefeitura? Todos estão de olho na Câmara

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A disputa pela Prefeitura de Jundiaí não deverá ter um desfecho rápido. Pelo contrário. O segundo turno ainda não acabou e muito provavelmente a cidade terá no comando, no dia 1º de janeiro, um vereador eleito no último dia 6. O Tribunal Regional Eleitoral(TRE) já teve duas oportunidades para decidir se Gustavo Martinelli(União Brasil), candidato com mais votos no dia 27, continua ou não impugnado. Dois juízes pediram vista ao processo. Mas, mesmo que os juízes hipoteticamente digam que Martinelli está quite com a Justiça Eleitoral, não quer dizer que a briga acabará. Ainda existe o Tribunal Superior Eleitoral(TSE). Se isto acontecer, é de se esperar que José Antônio Parimoschi(PL), que ganhou no primeiro turno e perdeu no segundo, procurará a instância superior da Justiça Eleitoral, em Brasília. E a recíproca será verdadeira. Se o Tribunal Regional Eleitoral tirar a vitória de Martinelli, com certeza ele acionará o TSE. Existe a possibilidade Martinelli conseguir uma liminar do TSE, assumir e o caso ser julgado depois. Jundiaí pode ter, inclusive, nova eleição.

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Hoje, diante deste panorama, os olhos se voltam para a Câmara Municipal já que muito possivelmente o sucessor temporário de Luiz Fernando Machado sairá de lá. A diplomação dos prefeitos eleitos está marcada para o dia 19 de dezembro. Martinelli tem que resolver sua pendência – já que disputou a eleição sub judice – até esta data. Se ele não for diplomado, o presidente da Câmara assumirá. Ou a presidente. Depende dos arranjos políticos que acontecerão em 1º de janeiro, dia da posse. É neste dia que o presidente do Legislativo será escolhido. E será este político quem comandará Jundiaí até que a Justiça Eleitoral conduza Gustavo Martinelli ao oitavo andar do Paço Municipal ou convoque nova eleição.

É claro que na Câmara já há agitação a respeito. Quézia de Lucca(PL) foi a vereadora mais votada. Mas isto não quer dizer que ela será a presidente do Legislativo. Sabe-se que quase todos os parlamentares que se reelegeram colocaram seus nomes à disposição para comandar a Câmara e, de quebra, assumir a Prefeitura. Este político terá a caneta na mão. Não irá pedir, que é a essência do trabalho dos vereadores. Irá fazer, coisa que só prefeito pode. Seria uma vitrine eleitoral gigantesca. O(a) escolhido(a) terá enorme visibilidade e automaticamente será candidato a deputado nas eleições de 2026.

Se a situação conseguiu eleger 15 vereadores é de se imaginar que um deles será o escolhido. Deste grupo, os ‘antigos’ estão dando as cartas: Daniel Lemos(PSD), Cristiano Lopes(PP), Kachan Jr(Republicanos), Madson Henrique(PL), Dika Xique Xique(Podemos), Paulo Sérgio Martins(PSDB), Romildo Antônio(PSDB), Faouaz Taha(PSD) e Zé Dias, do Republicanos, e que já foi vereador. Sem contar o fenômeno das urnas, Quézia de Lucca, com seus 8.020 votos. Se for eleita, Quézia poderá ser a primeira mulher a comandar a Prefeitura. Sabe-se que a preferência seria por um nome do PL, mesmo partido de Luiz Fernando Machado e José Antônio Parimoschi.

E já que o escolhido deverá sair do PL, como ficará a administração pública? O prefeito tampão nomeará novos gestores ou manterá a atual estrutura? A lógica diz que a segunda hipótese é a mais viável uma vez que Parimoschi já disse que poderá concorrer numa eleição suplementar.

Por último, vale esclarecer que Parimoschi não irá assumir caso o TRE confirme a impugnação de Martinelli. Também não existe a possibilidade de, numa nova eleição, Luiz Fernando Machado concorrer. E Miguel Haddad não deverá será candidato, caso Jundiaí tenha mesmo uma nova eleição. (Marco Antônio Sapia/Atualizada às 10h45 de 6/11/24)

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