A Prefeitura de Campo Limpo Paulista informou que o projeto divulgado pelo Executivo de Jundiaí de criar um consórcio intermunicipal na área da saúde “é apenas uma ideia já que não houve debate entre prefeito e secretários de Saúde da Região”. No dia 13 de julho, representantes das Prefeitura da Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ) se reuniram para discutir os setores de Saúde e Segurança. A Prefeitura de Jundiaí divulgou na época que para o primeiro tema, a saída encontrada foi a criação do consórcio. Para a segurança, os participantes chegaram a consenso de que a cerca virtual é o melhor projeto para combater a criminalidade. A Prefeitura de Jundiaí quer um posicionamento forte do AUJ pressionando o Governo do Estado por melhoras. No que diz respeito à Saúde, Campo Limpo mostrou que a história não é bem assim.
Se o consórcio representar uma ‘vaquinha’ entre as cidades da Aglomeração, Campo Limpo ficará de fora. “Atualmente, o município não tem condições financeiras de ajudar com recursos já que a atual administração herdou uma dívida no valor de R$ 106 milhões. Vale lembrar que os municípios já aplicam recursos financeiros em suas redes próprias muito acima do mínimo definido na legislação e este aporte deveria vir dos governos Estadual e Federal”, afirmou a assessoria de imprensa da Prefeitura. Na verdade, até agora não ficou muito claro quais os objetivos do consórcio proposto por Jundiaí. Ele seria “uma alternativa que surge da necessidade dos municípios fortalecerem as ações de gestão e manutenção das atividades do Hospital São Vicente e do Hospital Universitário, inclusive no que diz respeito ao fortalecimento da solicitação junto ao Governo para credenciar o São Vicente no Programa Santa Casa Sustentável”.
Campo Limpo Paulista possui nove Unidades Básicas de Saúde (UBSs), um ambulatório de especialidades, 1 ambulatório de saúde mental, um centro de atenção psicossocial, e um hospital municipal (foto principal). Para a atual administração, a atual estrutura é suficiente considerando que a cidade tem 80 mil habitantes. A rede de saúde faz 20 mil atendimentos por mês. Partos de baixo risco de moradoras de Várzea Paulista e Jarinu são feitos no Hospital das Clínicas de Campo Limpo.
Os exames de alta complexidade e algumas consultas com especialistas são encaminhados para Jundiaí por conta de serviços regionais, financiados pelo Governo do Estado e Ministério da Saúde. Sobre casos de urgência e emergência hospitalar, são encaminhados aqueles que demandam atendimento de maior complexidade para serviços em outras cidades, em média 60 casos/mês, de acordo com a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde – CROSS, da Secretaria de Estado da Saúde.
Os atendimentos eletivos são encaminhados para Jundiaí de acordo com as cotas disponíveis através da Programação Pactuada e Integrada da Assistência – PPI. Em ambos os casos, os atendimentos de Jundiaí para seus munícipes e região são co-financiados pelo Ministério da Saúde.
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Segurança – Sobre a cerca virtual, a Secretaria de Segurança Integrada de Campo Limpo Paulista informa que a cidade ganhará em breve um sistema de monitoramento, instalado em parceria com a Associação Comercial e Empresarial do município. As câmeras ficarão nas principais entradas da cidade e na região central.
O intuito deste sistema é trazer mais segurança à população coibindo delitos e dando agilidade às ocorrências. O sistema de monitoramento por câmeras poderá ser acessado remotamente por meio de uma plataforma web.
A nota não informa se as câmeras serão do tipo OCR, que fazem a leitura dos caracteres das placas, como as instaladas em Jundiaí e outras cidades da região, o que propicia a integração dos sistemas. (foto acima Feitosa Júnior/Google)