Há sete anos, o Centro de Detenção Provisória (CDP) “Marcos Antônio Alves Bezerra”, de Jundiaí, criou e mantém um espaço destinado aos filhos dos reclusos da unidade. É o Projeto Formiguinha, que vem fazendo a diferença. A ação conta com o apoio da Secretaria da Administração Penitenciária, da Coordenadoria de Execução Penal da Região Metropolitana de São Paulo (CEPRMSP), da Polícia Penal do Estado, além da Prefeitura de Jundiaí, instituições educacionais e voluntários de entidades religiosas da região.
Para a chefia do CDP, a ação reflete o respeito às famílias dos detentos. O espaço foi criado para acolher as crianças nos finais de semana e, para isso, oferece um ambiente decorado com temas infantis. Para o Chefe de Departamento da unidade, Alexandre Apolinário de Oliveira, o projeto estimula o desenvolvimento humano, facilitando o relacionamento entre o familiar e o reeducando. De acordo com ele, a ação contribui para harmonizar e fortalecer as relações familiares.
Em média, 80 crianças passam pelo Projeto Formiguinha aos finais de semana. A área lúdica é uma alternativa acolhedora para os pequenos que acompanham seus familiares durante as visitas. Enquanto os adultos aguardam o procedimento de revista dos itens alimentícios, as crianças encontram um ambiente preparado especialmente para elas, com brinquedos, livros e atividades que estimulam a criatividade.

A proposta é transformar o momento de espera, que poderia ser marcado pela tensão, em uma experiência mais leve, oferecendo segurança, cuidado e a oportunidade de brincar e interagir com educadores voluntários que buscam acolher as crianças, mesmo em ambiente prisional.
Projeto aprovado – Segundo Oliveira, a população carcerária vê com bons olhos a iniciativa, pois ela ajuda na autoestima das crianças e no fortalecimento dos vínculos familiares. Para uma visitante, os netos conseguem se distrair na área especialmente reservada para eles e ficam mais tranquilos nos dias de visita à Unidade Prisional.

Na opinião da Coordenadora de Execuções Criminais, Mailane Rodrigues de Oliveira, a brinquedoteca representa uma ponte para a formação profissional e uma devolutiva social de grande valor. “Que venham outras iniciativas como essa!”, destacou. A Prefeitura de Jundiaí relatou que o projeto do CDP também abrange crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista). A ação oferece assistência nas áreas terapêutica, educacional e social.
Para V.P.L., mãe de P.H.V, de 9 anos, a brinquedoteca foi uma ótima ideia que tem ajudado as crianças que vão visitar os familiares na prisão. Segundo ela, o comportamento do menor mudou. “Observei que em outras ocasiões, meu filho demonstrava muita ansiedade e inquietude. Hoje, quando chegamos aqui, ele corre rapidamente em direção às monitoras, se juntando aos outros pequeninos. Esse projeto o deixou mais alegre e é uma satisfação para mim”, resumiu.
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