A greve anunciada para hoje é uma espécie de largada para a campanha eleitoral do próximo ano. O PT, que voltou a ser oposição depois de 13 anos no poder, sonha numa grande mobilização, hoje, para dar o pontapé inicial e levar Lula à Presidência da República.
Claro que no caminho do ex-metalúrgico tem a Operação Lava Jato, que pode acabar com seu sonho de voltar ao poder. Mas o país está de olhos voltados para este homem que está se fazendo de vítima nesta história de triplex, sítio de Atibaia, caixa 2, enriquecimento de seus filhos e outras questões que estão nas mãos de Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato.
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A greve programada para hoje e que visa paralisar o país, conta com adesão e apoio de centrais sindicais e sindicatos, ligados ao Partido dos Trabalhadores e ao homem que é o centro deste comentário. Há os que são totalmente contra o movimento, afirmando que existem quase 14 milhões de brasileiros esperando empresas demitirem os grevistas para ficarem com as vagas, há empresas que estão dispensando seus funcionários para evitar confrontos e desgastes. O que se teme, na verdade, é exatamente o confronto entre apoiadores e contestadores do movimento de hoje.
Claro que o governo que aí está é fraco – e tem demonstrado isso em suas atitudes – , com um presidente da República que não tem popularidade e que não se elegeria síndico de prédio. Mas para tornar o governo viável, após o afastamento de Dilma, surgiram partidos de apoio a Temer, mas um apoio que termina dentre de um ano, no máximo, já que estes políticos vão criar suas candidaturas próprias, tornando-se rivais do PMDB que comanda o poder atualmente.
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A greve está aí para quem quiser aderir ou fugir dela, mas para muitos, é mais um dia neste final de semana prolongado – o terceiro seguido neste país. Poderia ter sido programada para outro dia da semana, mas preferiu-se hoje, exatamente para aumentar o número de participantes. (foto acima: Youtube)
NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com
