PSDB: Não temer os erros e seguir em frente

PSDB

Há algum tempo escrevi neste espaço sobre a importância dos partidos voltarem às suas origens, aos seus primeiros passos, às raízes de seus fundamentos e princípios. Falei sobre, principalmente, o partido ao qual sou filiado desde 2016, o PSDB. Retomo, hoje, o mesmo desejo de que ainda diante de momentos difíceis, caminhos tortos e dedos apontados, possamos olhar adiante e às origens. Não devemos temer os erros, mas sim seguir em frente. Talvez por não termos acolhido as falhas, tenhamos visto resultados tão desanimadores da sigla nas últimas eleições, no contexto nacional. Por isso, faço mais essa reflexão, de que ainda temos chance e espaço para a autocrítica e melhorias.

Vejo com bons olhos a renovação, a nova política, a formação espontânea de novas agremiações – considero até natural que novos movimentos surjam pela dinâmica da democracia, pelas mudanças da sociedade e do nosso desejo por ser representado. Porém, acredito que partidos com trajetória de seriedade, de grandes nomes que contribuíram com o País, também possam se reerguer, sobretudo, pela experiência e bagagem carregada que nós, jovens, não devemos menosprezar. Devemos somar novas vozes, olhares e atitude ao que pudermos preservar de valioso do histórico partidário, da responsabilidade, do respeito e fidelidade com as siglas – o que também já se tornou raro e não se sustenta, até então, por aqueles que negam a política e sua associação a partidos.

Não podemos ter medo ou vergonha dos erros se tivermos convicção que podemos ser diferentes dentro de um mesmo grupo. Quero dizer, devemos encarar os períodos confusos, em que nos distanciamos do que nos dizia a população, e a partir deste enfrentamento, entender o novo caminho para seguir com uma reorganização que retome nossos valores e não os anule ou afaste. O PSDB, sobretudo em Jundiaí, sempre teve tradição e esteve em governos de sucesso, de conquistas, de avanços ao município. Não podemos generalizar ou misturar diferentes momentos.

Devemos sim rever o que não deu certo, ajeitar o orgulho ferido e, com humildade, nos afastarmos de condutas que nunca foram alinhadas à essência do partido. Siglas tradicionais têm o seu papel na redemocratização do País e não podemos deixar que a falta de preparo de uns desconfigure essa história. Temos que aliar os novos meios de transparência, de comunicação e de aproximação aos pilares que consideram, de fato, o desenvolvimento do País, das cidades, dos Estados. Devemos retomar nossa prioridade em austeridade, responsabilidade com as contas públicas.

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A nova política é essa: a de aproximar aqueles que já são filiados e foram descuidados, de voltar aos laços, aos propósitos coletivos dentro também dos partidos sérios, que seguem uma linha de coerência. Hoje, há uma cobrança sobre lados e pouco se discute sobre o quanto ponderar também é se posicionar. Não podemos, como partido social democrata, com o histórico de recuperação da economia brasileira nos anos 90, com tantos pensadores em nosso grupo, nos tornarmos reféns da exigência polarizada que não nos preenche e já mostra sinais de não corresponder a tudo o que nos diz a sociedade.

Vamos ouvir o partido, os nossos, a população e somar forças. Vamos adequar nossos princípios atemporais à nova realidade, às redes, à conexão que tem nos faltado com quem está na ponta. Que não tenhamos medo e sim coragem de seguir nos novos tempos com a bagagem reforçada.


FAOUAZ TAHA

É vereador na Câmara de Jundiaí pelo PSDB, eleito pela primeira vez nas eleições de 2016. Tem 30 anos. Atualmente é líder do governo municipal na Casa de Leis, além de presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Desporto, Lazer e Turismo do Legislativo. Nascido em Jundiaí, Faouaz é formado em Educação Física pela ESEF e tem pós-graduação em Fisiologia do Esporte pela Unifesp. Antes de ser vereador, teve experiência na gestão pública com participação na Secretaria de Esportes


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