QUÉZIA na Alesp: “Um sonho dos meus sonhos”

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A vereador Quézia de Lucca, do PL, foi a mais votada na eleição deste ano para a Câmara Municipal de Jundiaí no dia 6 de outubro. Ela teve 8.020 votos e será a presidente da primeira sessão da próxima legislatura, no dia 1º de janeiro do próximo ano. Nesta entrevista, a parlamentar fala sobre a quantidade de votos que recebeu, misoginia, presidência da Câmara e um dos seus sonhos: ser deputada estadual. Confira:

Quézia, a senhora foi a vereadora mais votada na última. Não só isso: bateu todos os recordes dos mais votados até hoje. Por que tanta gente votou em você?

Primeiramente eu gostaria de agradecer você, eleitor de Jundiaí que confiou e acompanhou o meu trabalho nos últimos quatro anos, esse resultado é uma construção de um vínculo com o eleitor, não só procurando atender as demandas, mas uma construção na de representatividade, seja de posicionamento ideológico ou mesmo do morador se sentir representado enquanto cidadão e pagador de impostos. Meu mandato esteve nas ruas esses quatro anos, ouvindo e atendo no que esteve ao no nosso alcance, não tivemos feriado, finais de semana, sempre estivemos a disposição e encaro a minha votação como um reconhecimento de todo trabalho, meu e da minha equipe.

Muitas vezes a senhora reclamou, durante as sessões, do comportamento de alguns vereadores. A senhora foi vítima de misoginia nos últimos quatro anos?

Não chamaria de misoginia. A Câmara Municipal ficou uma legislatura toda sem mulheres na que antecedeu o meu mandato. Quando assumi como vereadora teve uma quebra desse ciclo e em alguns momentos senti que não era ouvida, e sim, fiz algumas reclamações públicas. Mas, foram queixas pontuais, de nenhuma maneira fui desrespeitada enquanto mulher. Fiz amigos dentro da casa, tenho grande respeito por todos, e hoje, sigo em frente respeitando para ser respeitada e buscando o meu espaço!

Na próxima legislatura, a senhora terá a companhia de Mariana Janeiro, a primeira vereadora preta, e de Carla Basílio, primeira trans eleita em Jundiaí. Acredita que o machismo irá diminuir? Quais conselhos dá para as duas, Quézia?

A Câmara teve uma troca significativa de quadros, quase 50% dos vereadores não se reelegeram. A média de idade também baixou bastante e entendo que a mudança se assemelha com a característica do eleitorado de Jundiaí: com maioria de eleitores entre 25 e 44 anos e de maioria feminina. Vejo que cada vez mais o eleitor buscar a sua representação na hora do voto. Tanto a Mariana como Carla vão contribuir muito para o debate público da nossa cidade. Elas têm posicionamentos diferentes. A Mariana conta com um eleitorado de centro-esquerda sem um reduto específico e a Carla possui um eleitorado territorial voltado para os nichos de atuação dela, como a vila Hortolândia e Cidade Luiza. Serão dois perfis novos e que vão contribuir muito para a cidade. A minha dica é: façam valer os seus votos, se aproximem do seu eleitor. Deus tem um propósito para a vida de cada um de nós e vocês chegaram aonde estão por fazer parte da missão de vida de vocês, usem esse espaço com muito amor e dedicação. Vocês são merecedoras!

A senhora está trabalhando para ser eleita presidente da Câmara na próxima legislatura? Porém, outros vereadores também já demonstraram interesse no cargo. Quais as suas chances?

É um fato até engraçado: existe uma consciência popular de que o vereador com maior votação é automaticamente o presidente da Câmara. Muitas pessoas me encontram na rua e me falam isso. Mas nós sabemos que é uma questão de composição entre partidos, entre nós vereadores e com os presidentes das siglas. Coloquei meu nome à disposição do partido, assim como outros colegas de bancadas e estamos discutindo de maneira muito sóbria o que é de bem comum, vamos trabalhar para ter um presidente alinhado com os nossos valores partidários e principalmente com o futuro do nosso grupo político na cidade.

Se o imbróglio político em Jundiaí não for resolvido pela Justiça Eleitoral até dezembro e se a senhora for eleita presidente da Câmara, poderá assumir a Prefeitura de Jundiaí até que o TSE bata o martelo. A senhora poderá ser a primeira mulher a comandar a cidade. Como analisa essa possibilidade, Quézia?

Não é um cenário comum o que estamos enfrentando na cidade. São muitas hipóteses que passam pela Justiça Eleitoral e eu tenho os pés no chão para lidar com o que é real. E o que é real no meu cenário é fazer valer os mais de oito mil votos que recebi e representar a população da melhor maneira possível como vereadora reeleita.

Agora, se a Justiça Eleitoral resolver tudo, o que esperar da vereadora Quézia para os próximos quatro anos?

Agora sim, este é o cenário com que trabalho, o de vereadora reeleita com a maior votação da história da cidade. Quero antes de tudo honrar esse privilégio e essa confiança que a população depositou nas urnas, foi muito simbólico na minha vida ver se materializar em votos todo esforço que tivemos nesses quatro anos de trabalho. Vou continuar trazendo recursos para nossa cidade, tenho muito orgulho de no meu primeiro mandato ter sido a parlamentar que mais trouxe recursos externos, através de emendas, para Jundiaí. Foram mais de R$ 5,5 milhões que resultaram na aquisição da base-móvel para a Guarda Municipal atuar de maneira mais ostensiva na Ponte São João. Consegui emenda para aquisição de armamentos e munições para a Guarda também e as principais que totalizaram mais de R$ 5 milhões para o São Vicente para ajudar na fila de exames com especialistas e pequenas cirurgias. Vou continuar sendo a representante da Região Leste de Jundiaí, por mais que tenha sido votada em todos os colégios eleitorais, essa região me abraçou e me deu visibilidade para chegarmos nesse resultado final.

A senhora já está de olho nas eleições de 2026? Pensa em disputar uma cadeira na Alesp ou na Câmara dos Deputados?

Jundiaí encontrou muita dificuldade em eleger deputados nas últimas duas eleições (2018-2022). Não houve consenso sobre candidaturas e o voto acabou se dispersando e nossa cidade ficou sem representação tanto na Assembleia Legislativa como em Brasília, na Câmara dos Deputados. Eu entendo que precisamos elencar o que é melhor para nossa cidade. Precisamos ter consenso enquanto representantes para conseguirmos trazer de volta essa representação. Mas é uma discussão que teremos no momento certo e pensando sempre em Jundiaí. É um grande sonho chegar na Assembleia, onde fui assessora do Coronel Telhada por um mandato antes de voltar para nossa cidade. É um sonho dos meus sonhos a serem realizados. Mas, como disse, o importante é o consenso e o melhor para nossa cidade. Se precisarem da Quézia, estarei a disposição da população, sempre!

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