REDES DE COOPERAÇÃO de cidades melhoram o meio ambiente

Há uma preocupação crescente com os impactos dos estilos de vida e padrões de consumo no meio ambiente global. Essas preocupações se traduziram em várias iniciativas que visaram ações para reduzir esses impactos no meio ambiente local, particularmente em áreas urbanas. Dentre elas, as redes de cooperação de cidades para o meio ambiente têm alcançado uma série de ações significativas.

A principal rede global de cidades é o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. Foi fundado em 1990 por 200 governos locais de 43 países, no âmbito das Nações Unidas. Hoje, mais de 1.500 cidades de 124 países, incluindo o Brasil, fazem parte da rede do ICLEI.

As cidades brasileiras participam também de outras redesinternacionais, como: Cidades C-40, Metropolis, United Citiesand Local Governments (UCLG, Cidades Unidas e Governos Locais), World Mayors Councilon Climate Change (WMCCC, Conselho Mundial de Prefeitos para Mudanças Climáticas) e 100 Resilient Cities (100 Cidades Resilientes).

No período pós-Eco 92, no Rio de Janeiro, o ICLEI auxiliou muitos governos locais no mundo a implementarem a Agenda 21. Atualmente, a maioria dessas redes atuam frente aos desafios das mudanças climáticas nas cidades, mobilidade urbana, proteção da biodiversidade urbana, desenvolvimento urbano sustentável, entre outros.

A participação dos governos locais nessas redes constitui um caminho possível com grande potencial para o desenvolvimento de ações efetivas e políticas na busca pela sustentabilidade urbana. No Brasil, por exemplo, as cidades que se conectam através dessas redes são as únicas que possuem políticas municipais de mudanças climáticas.

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Como as cidades no mundo todo enfrentam muitos problemas similares, através dessas redes de cooperação elas podem trocar experiências com outras cidades sobre as soluções para os problemas ambientais urbanos.

Mais do que isso, essas redes fornecem a os governos locais inspiração, informações, capacidades, projetos concretos, acesso a financiamento, exemplos de boas práticas e estruturas informais de reconhecimento e recompensas. Essa participação tem levado a respostas significativas para o desafio da sustentabilidade socioambiental por parte dos governos locais em todo o mundo.(Foto: https://besthqwallpapers.com)


Para saber mais: www.iclei.org/sams; http://www.c40cities.org; http://www.metropolis.org/; http://www.uclg.org/; http://worldmayorscouncil.org/; http://www.100resilientcities.org/


FABIANA BARBI
Socióloga, com mestrado, doutorado e pós-doutorado na área ambiental (Unicamp). Foi assessora de projetos no ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade e professora de Gestão Ambiental na Unianchieta e Faculdades Anhanguera. É autora do livro “Mudanças Climáticas e Respostas Políticas nas Cidades” (Ed. Unicamp, 2015). Acesse: www.fabianabarbi.com.br