O mercado dos pequenos hatches aos poucos ganha destaque. O segmento, que já foi o principal mercado para veículos no Brasil, ensaia uma reação com novos modelos que apostam em tecnologia, oferecem potência e o principal, em tempos de preços de combustíveis nas alturas: muita economia. Praticamente todas as grandes marcas voltam a apostar nos pequenos veículos urbanos para buscar alavancar os volumes de vendas. O Renault Kwid é um dos mais novos nesse segmento. Precedido por uma boa campanha de marketing, ganhou a atenção do consumidor e estreou bem no mercado. Só que aí, devido a uma série de problemas com os primeiros veículos ele tropeçou nas vendas. Depois de um breve sumiço das revendas da marca, o carrinho da Renault volta com vários acertos e disposto a ocupar um lugar ao sol.
O modelo se apresenta como um mini SUV, isso devido a algumas características como a maior altura livre do segmento, com 180 mm de vão livre, e bons ângulos de ataque e de saída, respectivamente 24 e 40 graus (veja na ilustração). O Kwid é oferecido em três versões, partindo da básica Life (R$ 32.490), passando pela intermediária Zen (R$ 37.490), – que carrega a melhor relação custo x benefício – e culmina com a Intense que custa R$ 41.990.
Questão de costume – AutoMotori avaliou durante uma semana a versão topo de linha Intense. A primeira impressão é de um carro bem-acabado. Se por um lado a Renault aposta no vale-tudo para baixar o preço, abrindo mão de recursos como ajuste da altura do banco do motorista, bancos com apoio de cabeça integrado (como no VW Up!), uso de um único limpador de para-brisa, comandos de abertura dos vidros no painel, rodas com apenas 3 parafusos… Por outro lado, esse francês de alma indiana, aposta em boas soluções de design para conquistar.
Mesmo com uma grande quantidade de peças de plástico duro o que se observa é que elas são bem encaixadas e praticamente sem rebarbas. Especificamente na versão Intense, a sacada do pessoal do design da Renault foi apostar em soluções que criam sensações de requinte, de bom gosto, como a combinação de cores e discretos detalhes na cor creme nas portas, no volante, na moldura do multimídia e nos assentos, revestidos com material que imita couro. Curiosamente, o carro traz mimos como direção 100% elétrica, abertura elétrica do porta-malas, ajuste igualmente elétrico dos retrovisores, multimídia, câmera de ré.
Vai entender… Do lado de fora, novamente as soluções de design são armas de sedução. Danado esse Kwid! Difícil é rodar sem chamar a atenção. O carrinho ficou bem bonito. Destaque para a bela frente, com a grade, faróis e para-choque em harmonia. No teto, uma solução trazida do Nissan March. O rebaixo aerodinâmico reduz a turbulência e o ruído da passagem do ar. Para os menos avisados, que já estão reclamando de que se trata de um plágio, um aviso: a Nissan é uma das empresas do Grupo Renault, ok?
Mesmo pequenino por fora, o Kwid não decepciona quando o assunto é espaço interno. Para quem vai na frente espaço para as pernas, claro que sacrificando os passageiros do banco traseiro, o que é normal para um modelo da categoria. O porta-malas surpreende! São 290 litros de capacidade, suficientes para a bagagem de duas pessoas.
Na parte mecânica, alguns pecados que chegam a incomodar… A alavanca alta e de curso longo não garante engates muito precisos. Além disso, a relação de marchas é curta, como convém a um veículo essencialmente urbano. Com isso, ganha-se em torque nas saídas e ladeiras – que exige, como na maioria dos 1.0, reduções constantes de marcha. Por outro lado, essa solução sacrifica o conforto na estrada, com o motor girando em rotações mais altas e com final menor.
O 1.0 de 3 cilindros, rende 70 cavalos, quando abastecido com etanol, oferece torque de 9,8 kgfm a 4.250 rpm. Diferente do motor 3 cilindros SCe, que equipa Sandero e Logan, que tem 12 válvulas e rende até 82 cavalos, o propulsor do Kwid tem comando de válvulas simples, com apenas 6 válvulas, tudo para baixar custos…
A suspensão bem mais firme do que se espera cansa os ocupantes quando se roda pelas esburacadas ruas brasileiras e oferece boa estabilidade quando se roda numa estrada… Os freios também não são tão eficientes e rapidamente apresentam fadiga quando muito exigidos. A explicação é que, novamente para baratear, eles usam discos simples na dianteira. A maioria dos carros hoje conta com discos ventilados, o que aumenta a eficiência quando muito exigidos, como numa descida de serra, por exemplo.
Antes do lançamento no Brasil a Renault precisou de muita habilidade e investimentos para superar um ponto polêmico para o hatch: a segurança. O Renault Kwid indiano, que deu origem ao modelo nacional, foi reprovado no teste de colisão do Global NCAP. O carro não recebeu estrelas na proteção para adultos e apenas duas para crianças. O modelo testado não contava com airbag para o passageiro e freios ABS. Em resposta, a Renault do Brasil investiu pesado, com 70% das peças vindas do Mercosul. O modelo também usa 70% de aço e 30% de aço reforçado na estrutura.
Para o alívio do pessoal da engenharia e do marketing da marca, com a divulgação dos resultados dos testes da Latin NCAP, o Renault Kwid conquistou três estrelas, de um total de cinco. Essa é a nota máxima que o compacto poderia receber, já que a entidade exige controle de estabilidade para que receba quatro ou cinco estrelas. As melhorias na estrutura do Kwid nacional refletiram nos testes de impacto…
Segundo o Latin NCAP, o Renault Kwid tem uma boa proteção para a cabeça e pescoço. Não foi tão bem na área do peito, com uma avaliação média, assim como a área das pernas. A estrutura do habitáculo foi considerada estável, sem deformar ou invadir demais a cabine. O airbag do motorista trabalha no limite, fazendo um bom trabalho para impedir que a cabeça vá contra o painel.
Já no teste de colisão lateral houve um pouco de penetração da barreira dentro do veículo, embora a coluna B consiga segurar a estrutura. As portas não abriram e ficaram no lugar. O airbag lateral de tórax, item de série no Kwid, forneceu uma proteção fraca à região do peito do passageiro.
A proteção para crianças foi elogiada por usar ISOFIX e segurar as cadeirinhas no lugar durante a colisão. ©Joaquim Rimoli | AutoMotori
Astro do basquete da NBA vira piloto de caça em comercial da Kia
Alguns carros capricham tanto no desenho do interior e na tecnologia disponível no sistema multimídia que fazem a gente ter a sensação de estar dentro de um jato supermoderno.
Foi pensando nessa sensação que os publicitários da Kia, aproveitaram o astro do basquete americano, Blake Griffin e o transformaram num piloto de caça, bem no estilo Top Gun…
Pois é, o pivô do Detroit Pistons, que mede 2,08m foi a estrela do comercial de lançamento do sedã médio Kia Optima, exibido durante as finais da NBA.
O filme mostra os bastidores da gravação de um comercial sobre o carro num porta-aviões. O problema é que o diretor se vê às voltas com um problemão, pois o jogador simplesmente “entrou” no papel de piloto de caça e cismou que irá decolar para combater os “caras maus”…
Quer ver o que aconteceu? Então, assista o vídeo e deixe sua curtida e o seu comentário! Bom divertimento! ©Joaquim Rimoli | AutoMotori
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