O vereador Romildo Antônio(PDT) afirmou ontem(8), na Câmara Municipal de Jundiaí, que reiniciará a negociação com outros parlamentares pela volta das sessões noturnas. A fala aconteceu durante a sessão ordinária. Romildo explicou que já tem seis assinaturas apoiando o projeto dele. Ele não revelou o nome dos que estão de acordo com a proposta. Agora faltam quatro assinaturas para que o projeto seja votado em plenário. O público que acompanhava os trabalhos aplaudiu o parlamentar.
Apesar da pressão de partidos de oposição e movimentos da sociedade civil – inclusive com abaixo-assinado virtual -, as sessões ordinárias da Câmara Municipal de Jundiaí não deverão voltar a ser realizadas nas noites de terça-feira nesta legislatura. A informação foi dada pelo vereador Douglas Medeiros, segundo secretário da mesa, durante discussão dos parlamentares no final dos trabalhos da sessão do dia 27 de junho. Na ocasião, Romildo já tinha anunciado o projeto.
Naquela sessão, Juninho Adilson abriu a discussão sobre as sessões noturnas. “Quando o Gustavo Martinelli(hoje vice-prefeito), era o presidente da Casa, eu o assessorava. As sessões à noite tinham muita gente que participavam. Não necessariamente os grupos que vinham aqui para defender uma pauta. Reconheço que ocorreram algumas bagunças. Creio que durante o horário de trabalho não é possível para que as pessoas participem. Se as sessões voltarem para a noite teremos uma participação muito maior.
Val Freitas questionou Juninho lembrando que muita gente trabalha em vários turnos. “Como fica quem trabalha à noite? Vamos tirar o direito desta pessoa que pode estar aqui de manhã? Deveríamos ter uma estatística que mostrasse isto já que tem gente que trabalha de dia, de noite, de madrugada”. Juninho rebateu informando que “quando converso com povo, de acordo com os estudos que fiz, a maioria defende a sessão a noite”, respondeu.
Rogério Ricardo, que presidia a sessão naquele momento, disse que existem vários canais em que a sessão pode ser acompanhada. “A Casa sempre está lotada quando há assuntos de interesse ou polêmica. Seria interessante uma pesquisa, como o vereador Val citou. Além disto, o Tribunal de Contas apontou os gastos reduzidos da Câmara”, disse Rogério.
Faouaz Taha, que presidia a Câmara quando o horário foi alterado, afirmou que “cansei de ver, no meu primeiro mandato, a sessão vazia durante a noite. E os gastos eram de R$ 1 milhão por ano. Quando interessa, o plenário fica lotado de pessoas segurando cartazes pedindo a volta dos trabalhos para a noite. Isto é contraditório. Gostaria muito que o vereador Juninho apresentasse os números do estudo que ele fez”.
Edicarlos Vieira disse que sempre foi favorável às sessões à noite pela transparência. “Se na casa do povo, que é a Câmara, as pessoas não podem participar, se nós dificultarmos a participação popular, então esta não é a casa do povo. Se não permitirmos à população questionar o projeto A, B ou qualquer outro, então, aqui não é a casa do povo. Temos de refletir: a sessão à noite é importante para a participação do povo. Fora disto, tudo é balela”.
Douglas Medeiros disse que a Câmara não quer ser contrária ao diálogo. “Temos um consenso entre os vereadores. É direito daqueles que são favoráveis construírem uma maioria. Vocês, Juninho, podem discutir. Mas nós temos nosso posicionamento. Temos a maioria e dificilmente nesta legislatura acontecerá a mudança do horário das sessões. Dificilmente…”, concluiu.
Desde o final de abril tem havido movimentação para que os vereadores voltem a realizar as sessões nas noites de terça, como era antes da pandemia de Covid-19. O argumento principal é que a maioria da população não pode acompanhar os trabalhos durante o dia por causa do trabalho. Os vereadores que defendem a manutenção do horário noturno apontam a economia como principal motivo para a mudança não ocorrer. O vereador Romildo Antônio vem tentando obter apoio de 10 vereadores para levar o projeto para votação.
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