Como já era esperado, o ministro da Saúde, o engenheiro Ricardo Barros, não tem nenhuma boa notícia para o Grendacc. Quase três meses depois de dizer não para o credenciamento da UTI do hospital da entidade que atende crianças com câncer, o ministro quer mais uma reunião. Enquanto o Grendacc vai se afundando em dívidas, Barros continua usando da velha tática da conversa mole. Mas em pelo menos uma coisa ele é bom: para esticar a conversa deste jeito, mesmo com a promessa do presidente da República em credenciar a UTI, o ministro tem o dom indiscutível para o blá-blá-blá.
A assessoria do deputado federal Miguel Haddad (PSDB) divulgou no dia 16 de agosto que o ministro tinha definido que um assessor dele viria visitar o Grendacc. Outra atitude inócua já que em julho, uma equipe técnica esteve na instituição, fez um relatório e, até onde se sabe, negou o credenciamento. O assessor não veio, o Grendacc participou do Mc Dia Feliz, no próximo domingo realizará sua caminhada e nada. Absolutamente nada. Nesta semana, Miguel não só esteve com Ricardo Barros. Ele também se reuniu o ministro da Secretaria de Governo Antônio Imbassahy. E ouviu mais do mesmo. Numa destas conversas, Ricardo Barros disse que quer mais uma reunião para discutir o assunto.
Parece óbvio que o presidente da República falou aquilo que a região de Jundiaí queria ouvir quando gravou o vídeo acima. O ministro bateu o pé e mostrou que manda mais que Michel Temer, pelo menos quando o assunto é o Grendacc de Jundiaí. A impressão que se tem é que os políticos de Brasília estão esperando o tempo passar para anunciar que nada podem fazer pelo hospital. Como se fosse possível enrolar pais e mães, como os da foto principal.
Diante de tanta falta de sensibilidade é impossível deixar de citar o vereador Wagner Ligabó. Desesperançado com a situação do Hospital São Vicente, ele publicou no Facebook que tem vontade de bater no ministro. Ricardo Barros é autor de frases mirabolantes e ofendeu toda a classe médica numa de suas declarações catastróficas. Ao responder para Barros, Ligabó chamou os políticos de nobres filhos da p. Aliás, segundo o vereador, estes mesmos políticos deveriam precisar, um dia, dos serviços dos SUS. No caso do Grendacc, quem sabe filhos e netos das vossas excelências também venham a precisar de um hospital que não existe por causa de muito latim jogado fora e burocracia em excesso.
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