Uma dificuldade muito comum hoje em dia é diferenciar uma criança com problemas fonoaudiólogos daquelas que têm dificuldades de se comunicar devido a aspectos emocionais. O nome deste psicodiagnóstico é ‘mutismo seletivo’, muito comum, mas pouco explicado.
O mutismo seletivo é caracterizado por uma seletividade marcante e emocionalmente determinada na fala. A criança demonstra a competência de linguagem em algumas situações, mas falha em demonstrar em outras.

É o fracasso persistente em falar em situações sociais específicas, como na escola, por exemplo.

Tais déficits devem durar, no mínimo um mês, não contando o primeiro mês de socialização da criança (porque ela pode neste período estar vivendo uma situação de timidez, evitando falar).

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As causas podem ser várias: de um trauma emocional como a perda de uma pessoa querida até um susto durante uma brincadeira.

Ideal seria não julgar, cobrar, exigir a fala destas crianças. A cobrança aumenta ainda mais o abalo emocional.

É necessário procurar uma orientação de como fazer a fala voltar naturalmente. (foto acima: fãs da psicanálise)

 

DANIELA MENICALLI

DANIELA MENICALLI
Psicóloga clínica, mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, com formação há 18 anos. Atualmente responsável pelo Instituto Daniela Menicalli de Psicologia e professora coordenadora na Faculdade Fia – USP.