Foram três dias com Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face no Carmelo São José na semana passada. Ou seja, três dias com suas relíquias que atraíram milhares de pessoas devotas da Santinha de Lisieux, que comoveu e comove com sua postura e textos. Nasceu na França em Alençon em janeiro de 1873 e foi para Deus, em 1897, no Carmelo de Lisieux. É a doutora da infância espiritual, da pequena via, que consiste em abandonar-se nas mãos do Senhor, conforme uma criança o faz com seus pais, e ser presença do amor atitude. Palavras de Santa Teresinha: “Permanecer criança é reconhecer seu nada, esperar tudo do Bom Deus (…) Ser pequeno é, ainda, não atribuir de modo nenhum a si mesmo as virtudes que se pratica. (…) Enfim, é não se desencorajar, de modo nenhum, com suas faltas, pois as crianças caem muitas vezes, mas são pequenas demais…” (CA, 6.8.8). Durante os três dias houve celebrações diversas, vigília, momentos de oração e de visita… O Carmelo permaneceu 24 horas aberto.
Sinal do Altíssimo como as Monjas enclausuradas se espalharam, sem sair de seu espaço físico, no município e além dele, levando o anúncio de Jesus de presença em plenitude na vida de Santa Teresinha.
Das rosas da porta ao altar se fizeram abraço carinhoso e encantaram os olhos em busca de esperança, do brisa que afasta angústias, de coragem, de força na fé.
A equipe de acolhimento atenta com gentileza extrema aos devotos.
A relíquia não faz milagres nem é uma prática supersticiosa. Deus, que reconhece seus santos, faz milagres pela intercessão deles. A veneração das relíquias além de um gesto de devoção, demonstra o testemunho concreto de amor ao que é do Céu na vida da Igreja e dos fiéis.
Santa Teresinha creio que esteja em minha genética. Nossa avó paterna esteve em Lisieux, na década de 1920 do século passado, por quatro vezes. Em um postal ao nosso pai, naquela época, escreveu que pedira lá por ele e seu futuro. Nossa mãe, vinda do sítio no final da década de 1930a, após dois anos sem estudar, encontrou, na Escola Normal Livre, o apoio, nas dificuldades, da Madre Mestra, no mundo Odete Tripe. Foram colegas de classe. Madre Mestra que foi a base para a construção do Carmelo São José.
Quem realmente tem confiança em Deus é misericordioso. Não ignora as dores do próximo e se coloca a serviço. Amar é para a pessoa conduta determinada, não somente sentimento. A Santa de Lisieux nos ensinou bem isso.
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Imagino o quanto as Monjas e seus colaboradores estejam fisicamente cansados, em especial as Monjas, mas é o peso dos degraus que construíram para que todos nós estivéssemos mais perto de Deus, inspirados em Santa Teresinha do Menino Jesus que, em um dos seus escritos colocou: “Eu quero santificar cada batida do meu coração”. Eu também desejo tanto!
Gratidão imensa às Monjas do Carmelo São José e aos seus colaboradores pelos três dias que assopraram o divino em nossa alma e coração.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE
É professora e cronista
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