O Braquicephalus – nome científico para o sapinho pingo de ouro – corre risco de extinção na Serra do Japi. Os anfíbios, assim como outras espécies estão sendo vítimas de uma doença micótica ocasionada pelas mudanças climáticas.
A Fundação Serra do Japi afirma que a lista de espécies existentes no território da serra é constantemente revista. Porém, não há existe uma periodicidade para rever o inventário de flora ou de fauna. A revisão é feita ocasionalmente e acompanhada, muitas vezes, pelas pesquisas científicas, mudanças e necessidades de ação de contenção.
A Divisão Florestal da Guarda Municipal (GMJ) monitora o tempo toda a região Serra do Japi. Denúncias e suspeitas de ações criminosas, como caça, têm sido combatidas. Em 2020, foi registrado um caso de corte de madeira e de caça de jacus. Segundo a Fundação, medidas cabíveis foram tomadas. Tanto a Fundação como a GMJ permanecem sempre com atenção e atendimento a denúncias, mesmo que falsas.
Bioindicadores – O sapinho pingo de ouro tem pouco mais de um centímetro. Em agosto de 2015, o site (O) Eco informou que pesquisadores da Universidade Federal do Paraná descobriram a espécie na Serra do Quiriri, em Santa Catarina. Porém, na ocasião, os pesquisadores já apontavam para o risco de extinção dos minúsculos anfíbios.
“A nova espécie é endêmica da região montanhosa onde foi descoberta, mas mudanças no habitat e no clima da região ameaçam sua existência. O Brachycephalus necessita do ambiente frio e úmido para sobreviver, mas a área sofre pressão por conta das plantações de pinus e da pecuária. A vulnerabilidade não é particular dessa espécie. Os anfíbios de maneira geral são considerados bons bioindicadores justo por serem sensíveis às alterações no ambiente. A ausência de anfíbios pode indicar desequilíbrio em um ecossistema”, divulgou o site na ocasião.
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