A Prefeitura de Jundiaí realizará vacinação casa a casa, contra sarampo e paralisia infantil. Agentes comunitários de Saúde e equipes de enfermagem das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) percorrerão os bairros para verificar a imunização de crianças entre 6 meses a 4 anos. Ao longo das semanas, as equipes – uniformizadas e com crachás de identificação que atuam na Prefeitura de Jundiaí – percorrerão amostras de bairros para a avaliação das carteiras de vacinação e oferta das doses que não estejam completas. As vacinas Tríplice Viral e Tetraviral, além das doses contra pólio serão verificadas. Aquelas crianças que forem encontradas com a vacina em atraso poderão ser vacinadas na própria residência, facilitando para os pais ou responsáveis oportunizando a vacinação sem necessidade de deslocamento.
A medida é uma determinação do Ministério da Saúde, a partir de ação definida junto à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e tem o objetivo de melhorar a cobertura vacinal, possibilitando, assim, a nova certificação da erradicação do sarampo no território nacional. A iniciativa recebeu o nome de Monitoramento das Estratégias de Vacinação (MEV) contra a Poliomielite e o Sarampo no Brasil faz parte dos compromissos assumidos com os países-membros da OPAS para a erradicação da poliomielite e a eliminação do sarampo, em conformidade com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das suas respectivas Comissões Globais e Regionais. Esta metodologia permite avaliar o progresso das atividades realizadas e identificar locais com fragilidade de cobertura das ações de vacinação por meio do rastreamento e da vacinação de crianças menores de 5 anos de idade ainda não vacinadas.
O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1990, e em 1994 o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do Poliovírus Selvagem (PVS). Depois disso, o Brasil precisa garantir o alcance das metas dos indicadores preconizados para a manutenção do País livre da doença, que englobam as altas e homogêneas coberturas vacinais, indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA), contenção laboratorial do Poliovírus, entre outros.
Nos últimos dois anos, o Brasil foi classificado como de muito alto risco (2022) e alto risco (2023) para a reintrodução do Poliovírus selvagem e o surgimento de Poliovírus derivado vacinal. Já o sarampo é uma doença em processo de eliminação. Seu vírus foi reintroduzido no Brasil em 2018, e diante do cenário de baixas coberturas vacinais houve sua disseminação no País. Em 2019, após a circulação do mesmo genótipo do vírus no período de um ano, o Brasil perdeu a certificação de “área livre do vírus do sarampo”, restabelecendo a transmissão endêmica da doença no território nacional. No período de 2019 a 2022 foram confirmados 29.712 casos de sarampo no Brasil. Em Jundiaí, o último caso foi em 2019.
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