Onde estão os MACACOS SAUÁ?

sauá

A ex-superintendente da Fundação Serra do Japi, a veterinária Vânia Plaza Nunes, usou a tribuna livre da Câmara Municipal de Jundiaí na sessão do último dia 10 para criticar o PL(projeto de lei) da Devastação, recentemente aprovado pelo Senado. O projeto estabelece novo marco legal para o licenciamento ambiental no Brasil. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o considera inconstitucional. Durante a fala, Vânia informou que os macacos Sauá teriam desaparecido da reserva ambiental por conta da crise climática. A atual administração da Fundação explicou que a informação de Vânia não procede. Os macacos continuam sendo vistos e ouvidos pelos moradores do Santa Clara e Paiol Velho.

“Nós estamos vivendo o desaparecimento de macacos Sauá, que era um alvo de pesquisa há mais de 10 anos aqui em Jundiaí. Do ano passado para cá, estes animais simplesmente desapareceram da Serra do Japi. Então, senhores, isso mostra que a crise climática está impactando a todos nós, porque começa nos indivíduos que são muito parecidos com os humanos, que são esses macacos, e os efeitos da crise chegarão até nós”, disse a veterinária.

A Fundação Serra do Japi informou que os moradores do Santa Clara e Paiol Velho continuam vendo e ouvindo os macacos Sauás. “Integrantes da equipe técnica e monitores ambientais credenciados também relataram a escuta dos sons característicos emitidos pelos animais em uma das trilhas. O que se sabe é que grupos específicos de Sauás, que estão sendo pesquisados dentro da Reserva Biológica, não foram localizados nas datas em que os pesquisadores estiveram no local”, explicou a Fundação através de nota.

Em 2015, na administração Pedro Bigardi, o site da Prefeitura divulgou que duas pesquisadoras de biologia dedicadas ao estudo do macaco Sauá estimavam que apenas em Jundiaí poderiam existir até 2 mil exemplares dessa espécie de primatas conhecidos pela comunicação num formato parecido com o assobio. O cálculo levava em conta a presença em toda a extensão da serra e a constatação de que um grupo de seis indivíduos pode usar uma área equivalente a 280 mil m² – resultando em uma densidade de 21 indivíduos por quilômetro quadrado.

Sobre as pesquisas feitas há 10 anos, a Fundação Serra do Japi informou que os estudos precisam ser feitos novamente já a estimativa leva em conta vários fatores, inclusive a extensão territorial da reserva. “Novas pesquisas são necessárias para atualização dos dados e melhor compreensão da dinâmica atual das populações de sauás no território. Atualmente, a pesquisa em andamento na serra é conduzida pelo Laboratório de Ecologia e Comportamento de Mamíferos da Unicamp, que também orientou as pesquisas feitas na gestão Bigardi”, concluiu a Fundação Serra do Japi.

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