O Carnaval de Jundiaí no SÉCULO PASSADO

SÉCULO PASSADO

Por curiosidade, vamos verificar como era o Carnaval em Jundiaí por volta de 1916. Consegui alguns recortes de jornais onde o falecido historiador Geraldo Barbosa Tomanik registrou a folia jundiaiense no início do século passado.

Assim ele começou seu interessante artigo: “Os Carnavais, no início do século 20, ainda tinham forte influência do Entrudo. Os carnavalescos divertiam-se jogando farinha de trigo, laranjinhas de cheiro, água com tinta e até urina nas pessoas que passavam. Havia muitas reclamações e a polícia proibia a prática, mas os foliões não obedeciam; isso ocorreu por anos”.

E continua:

“Em 1920, o Entrudo cedeu lugar ao Carnaval, que já chegou para agradar, com fantasias, bandas e muita música barulhenta”.

Tenho um exemplar, datado de 25 de janeiro de 1925, do Jundiahy-Jornal, onde aparece a “Banda Aurifulgente”, que tinha, como maestro, o famoso aquarelista Diógenes Duarte Paes, que foi o autor da Bandeira de Jundiaí sendo, atualmente, o nome da nossa Pinacoteca Municipal.

Ele personificava uma figura caricata, usava cartola, casaca e um grande número de medalhas presas ao peito. Empunhava uma batuta de ouro e regia a desafinada banda para alegrar os foliões. Era uma farra!”

Nessa mesma reportagem, aparecem nomes de ilustres jundiaienses que participavam dessa desafinada banda. E Geraldo Tomanik continua:

“O desfile dos carros alegóricos e das bandas era feito na rua Barão de Jundiaí, que ficava apinhada de gente, isso lá por volta de 1925! Nessa época, Jundiaí já era famosa por seus cortejos carnavalescos e atraía muitos visitantes das cidades vizinhas.

O título de folião jundiaiense número 1 foi dado ao jornalista Tibúrcio Estevam de Siqueira porque ele era responsável por coordenar os desfiles dos carros alegóricos e fazia questão de orná-los com motivos críticos da época. Tibúrcio vestia-se com um fraque, usava uma bengala em cuja ponta havia uma cegonha que abria e fechava o bico, sabe-se lá com qual intenção. Uma atração para a época!

O ano 1934 foi, para os jundiaienses, o máximo em matéria de Carnaval por ter sido o mais longo da história!

Começou em janeiro, quando houve a abertura da 1ª Festa da Uva e se prolongou até o final de fevereiro. A exposição de frutas foi no antigo Mercado Municipal (onde está o Centro das Artes). A Prefeitura decorou as ruas desde a estação S.P.R. até esse local. O povo vibrou, como nunca, com os corsos e bandos de mascarados nos blocos. Jundiaí sempre se destacou nos festejos momísticos, desde o Entrudo até o início do Carnaval. A 1ª Festa da Uva uniu-se ao Carnaval e foi uma festa do arromba que repercutiu por toda a região.”

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O relato do falecido historiador Geraldo Tomanik é extenso, detalhado e atrativo para pesquisas. Percebe-se que o Carnaval era um acontecimento social que unia os pobres e os abastados da época. Nessa época, não havia bailes nos clubes, toda a folia era nas ruas! Muito interessante!

Nesta terça-feira de Carnaval, desejamos muita alegria e energia aos foliões! Mesmo estando bem diferente, Jundiaí, por tradição, continua com sua alegria carnavalesca! Salve Jundiaí e seus foliões!!!!(Foto de 1929: Dinah de Campos Bocchino fantasiada de Pierrô. Edith de Campos Pereira é a colombina/acervo professor Maurício Ferreira)

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