Eleições 2022: Taha à disposição do PSDB. Sem perder foco no mandato

sem perder o foco
O vereador Faouaz Taha, presidente da Câmara Municipal de Jundiaí e recém-eleito presidente do Parlamento Regional, se define como um político de grupo. No pleito de 2020, ele foi o quinto mais votado com 3.351 votos. Quatro anos antes se elegeu com 1.568 votos. Há menos de um ano das eleições de 2022, o nome dele é cogitado para uma candidatura a deputado estadual ou federal. Para Taha, ainda é muito cedo para discutir este tema. Porém, não esconde que fica honrado com as especulações. Ele afirma que está à disposição do PSDB, mas sem perder o foco no mandato no legislativo jundiaiense. O senhor é pré-candidato nas próximas eleições pelo PSDB? Não há nenhuma definição e acredito que ainda seja cedo. Mantenho meu trabalho e foco no segundo mandato de vereador, com atuação para cumprimento das minhas propostas de campanha e felizmente já temos avançado com boa parte delas. Mas fico feliz de ser lembrado ou quando alguma pessoa me pergunta sobre essa possibilidade. Eu aprendi muito com a política, continuo aprendendo e gosto muito do que faço. Então, não nego que, no futuro, se eu puder ter essa oportunidade de continuar atuando por bons projetos não só em nossa cidade, ficaria muito honrado. Sou muito de grupo também, confio no grupo que faço parte, estou à disposição dele, mas sem perder o foco no meu mandato. Miguel Haddad é um nome sempre forte para qualquer eleição. E como foi deputado por um mandato e suplente, na ativa, por mais de dois anos, é lógico imaginar que – caso ele queira disputar – a vaga para a disputa pela Câmara dos Deputados é dele? Sim, Miguel é uma liderança e uma grande referência para todos nós. Independentemente de quem for o candidato, defendo muito que precisamos de um representante na Câmara Federal e Assembleia. Miguel tem prestígio por toda sua articulação e habilidade política, além da bagagem como ex-prefeito e toda sua trajetória na política. Então, entendo sim como natural se isso ocorrer. Sem Miguel concorrendo, caso fosse candidato a deputado federal, pensa em projetos para um possível trabalho em Brasília? O que faria se fosse deputado federal? Eu defendo muito os mandatos propositivos, como venho fazendo como vereador, pautado em bons projetos de lei e ações junto à população, de acordo com ideias e sugestões que venham das pessoas e sejam contemporâneas, atentas aos novos tempos que vivemos e, com isso, às novas necessidades. Como deputado federal, certamente eu buscaria fortalecer a região, buscaria emendas para mais recursos aos serviços de saúde, sobretudo com atenção à saúde mental que é uma das causas que levanto em meu trabalho e que já vemos o quanto será mais fundamental neste momento de pandemia ou pós-pandemia no futuro, buscaria mais recursos também para tentar suprir a demanda reprimida nos serviços de saúde deixada pela pandemia, diante da diminuição de cirurgias eletivas ou quase paralisação de algumas por conta da Covid-19. Também buscaria a volta do Posto de Emissão de Passaporte para Jundiaí, que agora é sede da Região Metropolitana. Buscaria ampliar minha proposta sobre as Rotas Esportivas, pensando em possibilidades de circuitos intermunicipais que também fomentam o turismo regional, além de manter atenção às causas ligadas à proteção animal e do meio ambiente; às políticas nacionais de alimentação saudável que podemos trazer para nossa Região; à segurança tecnológica que precisa ser discutida hoje. Mudando de cenário, caso seja eleito para a Alesp, quais seriam seus projetos para a região? Nossa região precisa de muito suporte, sobretudo em relação aos serviços de saúde e infraestrutura, além de transporte e mobilidade, mas também em relação ao esporte e turismo. Por isso, eu batalharia pelas mesmas propostas que citei em relação à Câmara Federal, com maior envolvimento e aproximação com as cidades da região. O senhor talvez seja o presidente de Legislativo que mais trabalhou em conjunto com Câmaras Municipais das cidades vizinhas. O pedido de reforma da Marginal do Rio Jundiaí é prova disto. Esta ação regional pode se reverter em votos em Várzea, Campo Limpo, Itupeva, Jarinu, Louveira e Cabreúva? Acredito que esse movimento de diálogo com as Câmaras foi natural e necessário, sobretudo diante da pandemia, das necessidades que nossa região sentiu e precisava dividir, por exemplo, quando em 2020 nos unimos para cobrar a autonomia nas decisões sobre funcionamento do comércio. Como disse antes, o mais importante é que essas cidades unidas realmente elejam bons representantes, para que tenhamos ainda mais voz às necessidades locais. Voto é consequência, valorizo muito o grupo e esse fortalecimento. Uma das suas bandeiras tem sido o bem-estar dos animais com a luta contra os fogos de artifício de estampido. Também criou a frente parlamentar da alimentação saudável e combate à obesidade infantil. Também é responsável pela redução dos salários dos vereadores de Jundiaí na pandemia em 30%. No caso de uma candidatura à Alesp ou mesmo à Câmara dos Deputados, acredita que estes temas terão eco nas cidades da região? Com certeza. Em uma eventual continuidade do trabalho para além de Jundiaí, acredito que todos esses temas sejam pertinentes e possam ser ampliados, como referência até mesmo para outros municípios. Aliás, caso seja candidato, buscará votos fora da Região Metropolitana de Jundiaí. Ou centrará esforços por aqui? Como eu disse, sou muito de grupo, não fazemos nada sozinhos. Então, unir esforços pela nossa Região é sempre importante. Portanto, não vejo problema em encontrar apoio em municípios que estejam atentos ao trabalho. O senhor é do PSDB, mesmo partido do prefeito Luiz Fernando Machado. Os bons índices obtidos pela cidade durante o mandato dele podem ajudá-lo? Acredito que, em Jundiaí, ao longo de todos esses anos, o PSDB foi muito bem conduzido e seus governos demonstraram isso no retorno dos serviços à população e com avanços. O governo do prefeito Luiz Fernando Machado teve aprovação confirmada nas urnas e, assim, também se tornou referência para as lideranças do partido em todo Estado. Independentemente de quem seja candidato, eu apoiarei as escolhas do PSDB e acredito que a seriedade da atual gestão, a maneira como passamos pela pandemia e todos os desafios, devem ser reconhecidos. Se for candidato, como pretende fazer sua campanha. Irá para as ruas, no tradicional corpo-a-corpo ou trabalhará mais com a internet? Acredito que isso é uma coisa a ser pensada de forma estratégica, estrutural e organizada em caso de haver de fato uma candidatura. Mas defendo que todas as frentes sejam importantes e não apenas em campanha. A política mudou muito e os eleitores também. Hoje, eles nos acompanham diariamente e não somente pouco antes das eleições. Claro que ainda há uma boa parte que sim, mas eu acredito muito na formação do eleitor, com contato direto, meios de aproximação e prestação de contas, transparência real, atendimento verdadeiro, em que informamos as nossas limitações e possibilidades, e, assim, uso muito as redes sociais, mas também os encontros. Minha campanha de 2020 foi feita assim, mas, para além dela, todo o meu mandato. O que pensa das críticas em relação aos políticos que deixam seus cargos para disputar outros? Acredito que isso deve ser avaliado caso a caso. Hoje, ainda temos eleições a cada dois anos, o que talvez precise ser repensado, para que possamos unificar as escolhas e evitar esses abandonos. Da maneira como é hoje, infelizmente se um político em potencial busca oportunidades, ele deve optar por esse passo. Mas vejo que quando existe transparência e seriedade com o trabalho, é compreensível que haja esse interesse por parte do político e aqueles que o acompanham compreendem. (Entrevista publicada em 29/9/21 e atualizada em 23/12/21) VEJA TAMBÉM ESPAÇO PARA ERRAR AJUDA NAS DESCOBERTAS, AFIRMA EX-ALUNO DA ESCOLA PROFESSOR LUIZ ROSA ACESSE FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS E DIVERSÃO PRECISANDO DE BOLSA DE ESTUDOS? O JUNDIAÍ AGORA VAI AJUDAR VOCÊ. É SÓ CLICAR AQUI