Na reunião de ontem do Conselho de Segurança (Conseg) Barão de Jundiahy ficou claro que os moradores e comerciantes da rua Prudente de Moraes e proximidades viverão o mesmo drama que a vizinhança do SOS quando a sede funcionava no Anhangabaú. A entidade deverá ficar por um bom tempo embaixo do viaduto Joaquim Candelário de Freitas, o viaduto da vila Rio Branco. A Prefeitura de Jundiaí não consegue encontrar um imóvel e transferir os moradores de rua para outro local. Nenhum proprietário quer alugar para o SOS.
Uma representante da gestora de Assistência e Desenvolvimento Social, Nádia Tafarello, participou do encontro. Foi ela quem deu a informação de que por enquanto, e apesar do próprio prefeito Luiz Fernando Machado não gostar da atual situação do SOS, a entidade permanecerá onde está. Para dificultar ainda mais a situação, Nádia lembrou que o imóvel precisa ficar na região central de Jundiaí por exigência legal. “Trata-se de uma casa de passagem. E, apesar das dificuldades, a questão não está fechada. Continuamos procurando”, concluiu a gestora.
O presidente do Conseg, José Henrique de Oliveira Coelho, afirmou que além de todas estas questões, existe mais um problema: a movimentação de vizinhos quando um lugar é sondado para receber o SOS. “A Prefeitura tem um prédio que poderia receber a instituição. Mas os vizinhos se mobilizaram e não aceitam os moradores de rua lá”.
O mesmo ocorreu na vila Arens. A ideia inicial era levar a entidade para as proximidades da estação ferroviário já que os moradores de rua chegam de trem. Ali, passariam por triagem, ficariam algum tempo e voltariam a seguir viagem. Porém, moradores e comerciantes da vila Arens se movimentaram rapidamente e mostraram à Prefeitura que não queriam o SOS no bairro. José Henrique disse que o Complexo Fepasa também é uma solução que está sendo tratada. “Só que é um imóvel da União e a resposta demorará para vir”.
“Enquanto não encontrar este novo local, o SOS continua sem uma solução adequada.
De qualquer forma os responsáveis da prefeitura, tentarão amenizar o problema com algumas sugestões levantadas na reunião. Uma delas diz respeito às entidades que entregam comida aos moradores de rua. Foi dito que a ação, que ocorreria em qualquer horário e lugar, atrapalharia a rotina do SOS que acaba não tendo controle dos assistidos”, concluiu José Henrique.
Os furtos e roubos continuam acontecendo na rua Prudente de Morais. Uma das escolas ali localizadas foi invadida e furtada quatro vezes no período de férias escolares. Levaram materiais novos, inclusive computadores.
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