A Prefeitura de Jundiaí lançou o protocolo clínico de detecção de risco e manejo da crise suicida. A ação cumpre mais uma das metas presentes no Plano Municipal de Prevenção da Autolesão e do Suicídio (PMPAS), monitorado constantemente por um comitê permanente. O documento de 48 páginas traz o cenário epidemiológico da autolesão e suicídio em Jundiaí, conceitos, fatores de risco, exemplos de situações e condutas corretas para cada caso, avaliação de riscos que norteará as ofertas de cuidados, os comportamentos típicos de pessoas em sofrimento psíquico, orientações gerais, entre outras informações. Ele pode ser consultado integralmente clicando aqui. Nos últimos cinco anos, a média de suicídios na cidade foi de 28,2, o que representa uma taxa de mortalidade de 6,7 por 100 mil habitantes. Não há números referente às autolesões.
De acordo com o Comitê Permanente de Monitoramento, os números relacionados aos suicídios são parecidos com os de outras cidades do mesmo porte. O relatório informa que os casos ocorrem mais entre homens entre 20 aos 49 anos. Já entre as mulheres, há um número expressivo de tentativas de suicídio por intoxicação, em especial entre as jovens de 15 a 39 anos. Esta faixa etária representou, no ano passado, 60% dos casos. A intoxicação pode ser causada pelo uso de remédios, ingestão de produtos e mesmo consumo de plantas venenosas.
Ações – O Protocolo Clínico de Manejo da Crise Suicida fornecerá aos trabalhadores de saúde o aparato técnico para o acompanhamento das ocorrências, além do estabelecimento de fluxos de atendimento em todos os pontos da rede de saúde. A prevenção ao fenômeno dos suicídios é multifacetada e se dá em diversos âmbitos das políticas intersetoriais e da sociedade civil. A publicação do protocolo, portanto, visa atingir uma parcela das ações necessárias à prevenção e ao atendimento às pessoas com histórico de pensamentos/tentativas de suicídio, no âmbito dos serviços de Saúde.
Anualmente, no mês de setembro (Setembro Amarelo), o Comitê realiza a publicação do Boletim Epidemiológico, visando não apenas dar transparência para a situação vivenciada, mas também apesentar estratégias de cuidado que podem ser utilizadas para evitar suicídios. No tocante ao cuidado da crise suicida junto à rede de saúde, faz-se necessário mencionar que Jundiaí conta com equipamentos para o atendimento à demanda, contemplando múltiplas complexidades e níveis de atenção, envolvendo ações desde a Atenção Básica, passando pelo cuidado em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e chegando, quando necessário, à Atenção Hospitalar.
A rede municipal de saúde dedica atenção especial à área de saúde mental, atuando por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). São disponibilizados quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo dois serviços para adultos (CAPS III e CAPS II), um serviço para crianças e adolescentes (CAPS Infantojuvenil) e um serviço para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e drogas (CAPS AD III). O atendimento é feito por equipes multidisciplinares, compostas por enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, entre outros. Não há necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento de outro serviço para a realização do acolhimento (primeiro atendimento no serviço).
O CAPS III e o CAPS AD III operam com funcionamento 24 horas, tendo condições de oferecer aos usuários atendidos pelo serviço, nos momentos de agravamento do quadro, a hospitalidade integral, ou seja, permanência diuturna no serviço. Além disso, as 35 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), apoiadas por nove equipes e-multi, que contam com psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, nutricionista, fisioterapeuta, psiquiatra e educador físico, também ofertam atendimento. A RAPS conta, ainda, com uma equipe de Consultório na Rua, voltadas aos usuários que se encontram em situação de altíssima vulnerabilidade e que não conseguiriam acessar os serviços de saúde tradicionais. Outros pontos desta rede incluem o Centro de Convivência, Cultura, Trabalho e Geração de Renda (CECCO), as Unidades de Acolhimento, os Serviços Residenciais Terapêuticos e a enfermaria de retaguarda de Saúde Mental no Hospital São Vicente de Paulo. (Foto: Cottonbro Studio/Pexels)
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