Desde março último, o ex-prefeito de Louveira, Estanislau Steck, comanda a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo. O órgão é ligado ao Ministério da Agricultura. Sobre a nomeação, projetos, ações para a Região Metropolitana de Jundiaí(RMJ) e futuro político, o Jundiaí Agora entrevistou Estanislau:
A Superintendência de Agricultura e Pecuária é um órgão federal. O Governo Federal é de esquerda. Contudo, o senhor não é deste espectro político. Como e por que foi convidado para assumir este órgão?
Sou médico-veterinário de formação há 38 anos e encaminhei meu currículo completo, tanto com minha atuação profissional quanto como a atuação política ao Ministério da Agricultura. Fui aprovado para o cargo.
O que a superintendência faz?
Nosso trabalho é predominantemente técnico e tenho me empenhado muito em ajudar tanto a agricultura quanto a pecuária do Estado de São Paulo a se desenvolver. Fiquei, aliás, muito impressionado com a qualidade técnica dos servidores efetivos do Ministério da Agricultura e Pecuária e isso tem facilitado muito meu trabalho!
Quais seus projetos para a superintendência?
A Superintendência de Agricultura e Pecuária é responsável por gerir toda a estrutura do Ministério da Agricultura e Pecuária no Estado. Para isso, além da sede em São Paulo, um prédio de 10 andares na rua 13 de Maio, perto da avenida Paulista, temos escritórios (que chamamos de UTRA – Unidade Técnica de Agricultura) em Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, Botucatu, Araraquara, São José do Rio Preto, Marília, Araçatuba, Presidente Prudente e Guaratinguetá. Temos três Unidades Técnicas de Vigilância Internacional (Vigiagro) em Viracopos (Campinas), aeroporto de Guarulhos e Porto de Santos, além de Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), que ficam em Campinas e Jundiaí. A superintendência também faz a gestão física de provimentos e de pessoal dessa estrutura, além de atender as demandas dos produtores rurais (com os programas federais), as empresas produtoras e exportadoras. Também realizamos muitas ações em parceira com a Secretaria Estadual de Agricultura (principalmente Defesa Sanitária Animal e Vegetal). Enfim, todos alimentos e bebidas com produtos agrícolas ou de origem animal, são licenciados e fiscalizados pelo Ministério da Agricultura e tem o nosso apoio, dentro dos limites do Estado de São Paulo.
Estanislau, você assumiu em março. Como vêm sendo estes meses? Quais os principais problemas? O que já solucionou?
Desde que assumi o cargo tenho me empenhado em conhecer toda a estrutura e me qualificado para atender com eficácia. Tenho procurado estar próximo dos setores produtivos, participando de feiras, convenções, cursos. Estou fazendo visitas técnicas nas mais diversas áreas, junto a produtores de café, amendoim, cana de açúcar, soja, milho, avicultura, suinocultura, pecuária de corte, pecuária de leite, pescados, alimentos orgânicos, aditivos alimentícios, embutidos, medicamentos veterinários. Também acompanho o Promac, programa que entrega máquinas para os municípios, desde tratores para manutenção de estradas rurais a caminhões basculantes, caminhões pipa, até tratores agrícolas para prestarem serviço gratuito aos pequenos produtores que não tem condição de comprar o próprio equipamento. Jundiaí já recebeu duas escavadeiras hidráulicas através deste programa. Estamos levando o SISB , que é um selo federal de inspeção aos municípios ou consórcios de municípios para que tem o SIM(Serviço de Inspeção Municipal). Isto possibilita ao pequeno e médio produtor vender o produto para o Brasil todo, não somente dentro do município como era antes. Temos uma ação muito importante em nossa região que é o IG da Uva Niagara Rosada da Região de Jundiahy, trabalho liderado pelo MAPA, que concede a Identificação Geográfica para nossa uva, agregando valor pelo reconhecimento mundial da divulgação da fruta surgida aqui em 1933 e é uma das uvas mais doces do mundo.
Apesar da importância do cargo, a sua nomeação não ganhou grande destaque na região de Jundiaí. Como analisa isto?
Discordo. Como superintendente já visitei e tenho desenvolvido trabalho em Jundiaí , Cabreúva, Itupeva, Jarinu, Atibaia, que fazem parte do Circuito das Frutas. Também estive em Itatiba, Valinhos, Vinhedo e outras cidade. Meu foco é desenvolver as ações do Ministério da Agricultura e não me auto promover com este cargo…
O que precisa melhorar nesta área na Região Metropolitana de Jundiaí(RMJ)?
Na RMJ precisamos que cada prefeitura tenha um olhar especial para a agricultura e meio ambiente, pois é deles que vêm os alimentos, a nossa água, o ar puro, enfim, a qualidade de vida. É necessário que elas tenha políticas públicas para os agricultores, estimulando os jovens a se qualificarem e permanecerem no campo, desenvolvendo ainda mais o turismo rural e seus produtos. Isto agrega muito à renda do agricultor. Também é necessário que as prefeitura desenvolvam planos diretores coerentes, que preservem mananciais e combatam a especulação imobiliária, lembrando que a água é um bem finito e o custo do saneamento é muito alto. Os governos federal e estadual têm feito muitas ações positivas em nossa agricultura e pecuária. Porém, é nas cidade que as coisas acontecem. Para que os benefícios cheguem na ponta, no produtor, é preciso a união das três esferas de poder e também a organização dos produtores em associações ou cooperativas, buscando ainda mais seus direitos e melhores condições.
O senhor pretende se candidatar a prefeito de Louveira nas próximas eleições municipais?
Sobre candidatura a prefeito, prefiro dizer que confio em Deus e o futuro à Ele pertence! Pelo trabalho que foi feito em Louveira, penso que estou qualificado para uma disputa. Contudo, tenho refletido muito com minha família e amigos e confiando nosso futuro nas mãos de Deus!
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