E o que temos pra ALMOÇAR?

Domingo de manhã, é sempre uma mesmice. A gente levanta, toma café. Aí vai para o quintal e trata do cachorro. Depois, corre olhar o aplicativo de mensagem. Tem sempre uma, daquele primo ‘mala’, avisando que vem almoçar em casa. Putz grilo , diria o tio Zé da vila Hortolândia. Mas, a gente supera e responde ao primo. Pode vir!

O arroz e feijão estava garantido. O frango assado com batatas bem coradas também. O suco de cupuaçu colhido no pé, outra iguaria paraense já pronto. Só faltava a chegada da visita.
E ela chegou. Ela não, elas e eles. A família toda. A menina, correu pra piscina. O pai, liga o som( volume máximo) . Na agulha, puxa, como pareço antigo. O mais puro brega do Pará. Sem contar o que há de mais novo. Tecnobrega. Dá-lhe Búfalo do Marajó.

A novidade, porém, foi o que eles colocaram para cozinhar. Caranguejo e posto no fogo vivo. Imagina a cena. Panelão água bem quente. E por fim, o bicho nadando (SIC) e ainda querendo fugir da roubada que entrou.

LEIA TAMBÉM:

E A SUPERGIRL PERDEU A VIRGINDADE

Naquele momento, lembrei do almoço na Paulicéa. Supremo de frango, polenta frita e tubaína. Sabores de Jundiaí. Mas, doce ilusão. Estava na Amazônia. Na terra do carimbó. Do açaí e do amigo caranguejo. O negócio foi partir pro abraço. Ou melhor, ir pro almoço. E fui.
Antes dancei carimbó. Cantei a garota do tacacá (a música). No fim do domingo, meu priminho foi embora. Se foi já com a barriga cheia (kkk). E eu, fui assistir o Faustão e o Fantástico. Na hora de dormir, sonhei com as brincadeiras de criança, que fazia no Agapeama. No dia seguinte, a labuta semanal começava. Até o próximo fim-de-semana.

Mas, você deve estar perguntando. O que comi no almoço? Eu respondo. Arroz e feijão com ovos mexidos e aquele franguinho com batata corada. Não tive coragem de experimentar o caranguejo.

ALMOÇAR

DANIEL SÉRGIO
Jundiaiense, mora atualmente no Pará, é blogueiro e jornalista autodidata