Um breve tratado acerca do TEMPO

Dias atarefados, tarefas. E aí, tudo bem com você? Correria?… Bom dia, cara, só na correria?… Olá, corrido, né? E assim é desenvolvida uma espécie de saudação contemporânea, uma máxima para o cotidiano. Dias preenchidos, cada período, cada minuto. Entre uma correria e outra, um Gatorade não se toma, porque é desnecessário se hidratar. Não há tempo! Tem de ser atarefado, importante, ou, parecer importante… importante para si mesmo, para se autojustificar, para a hora de conversar consigo (se é que vai dar tempo) não se descortinar. Quando se autodeparar, precisa se estar ocupado e não sobrar argumentos. Ou, ainda, quem sabe, ocupado para não incorrer num problema maior, isto é, se correria é um problema e existe um namoro com ela, isso se faz para não se chocar noutra adversidade: ter tempo.

Reclamar da correria é desejar tempo. Porém, ter tempo é um problema… Afinal, o que se quer neste joguete?

O fator motivacional para não ter tempo, é uma tipologia de sentimento, derivada do medo… medo do tédio, do vazio. Dias são longos, mas os anos são breves. Realidade de muitos. E o vazio, ele é ruim? Vazio quando subutilizado é péssimo. Talvez seja “instagramável”, tenha “likes”, dê para fazer um Marketing de mudança de cada cômodo ou ambiente ao longo do dia, para outros verem e montarem um significado, significado diferente do real, é claro… Já o vazio contemplado, isto é, aquele que só consigo se vê, o refletido… esse é belo, o combustível mais barato que se tem.

Como dizia Marco Aurélio, imperador romano e estoico (121-180): “Muito pouco é necessário para uma vida feliz.”, ou citação ainda melhor – Salomão, sábio instruído por Deus (Eclesiastes 3:1): “… para tudo há um tempo certo debaixo do céu.” Assim entendido, não é um apelo ao comportamento reativo, ao que só espera. Mas, ao ativo, ao refletido. De abastecer-se na atividade, de quando puder contatar o ócio, reinventar-se. É sobre sorrir e alegrar-se consigo e, assim, com os próximos que se ama. É dar qualidade aos pensamentos, para viver com qualidade… e poder dizer: e aí, cara, tá fluindo… no controle!! E você? Isso dá tempo?

DIOGO GOMES RIZZI

Administrador, filósofo, especialista em negociação. Experiente em gestão de negócios no Brasil, América Latina e Central, Europa e Ásia. Estudioso e apreciador da literatura.

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