O julgamento dos TERRORISTAS

terroristas

Começou na semana passada, no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento dos terroristas que invadiram os palácios dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro último. Três dos réus foram julgados e condenados, como estava previsto, por todos os ministros, valendo lembrar que Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Jair Bolsonaro, tentaram abrandar as penas de alguns dos responsáveis pela ação golpista.

Novos julgamentos devem acontecer nos próximos dias, mas é importante avaliar um pouco as ações dos advogados réus que tentaram enaltecer mais os seus trabalhos do que buscar defender os acusados. Sem citar nomes, mas comentando as ações, vimos uma senhora dizer que era a primeira vez que aparecia no Supremo e que nem foi cumprimentada pelos ministros da Corte, como se ela fosse conhecida por eles. Além do comentário, a senhora chorou, procurando ser a estrela do momento.

Vimos advogado dizer que seu cliente entrara no Planalto apenas para buscar refúgio, porque não tinha onde se esconder. Imagino que fez isso, para se esconder dos terroristas, mesmo estando no meio deles. Ou para lembrar a piada que diz assim: “Sabe porque o cachorro entra na igreja? Simples: porque encontrou a porta aberta!”

Na defesa dos terroristas, os advogados buscaram ressaltar que eram patriotas, porque estavam enrolados na bandeira nacional. Vale lembrar que vereadores do sul, tentaram criar o Dia do Patriota, para relembrar o 8 de janeiro. Claro que o Supremo cancelou o decreto por considerá-lo inconstitucional. Como chamar de patriotas, pessoas que invadem espaços públicos, cuja construção e manutenção são pagas por nós, destroem as mesmas e querem valorizar seu amor à Pátria?

LEIA OUTROS ARTIGOS DE NELSON MANZATTO

O SILÊNCIO DOS ‘INOCENTES’

DELGATTI E CID…

A HORA DO HACKER

QUARTETO

Independente de alguns juristas considerarem as penas altas demais, importante lembrar que as pessoas são responsáveis por aquilo que fazem. Quebraram, destruíram, têm que pagar com a prisão e com multa, porque o dinheiro ajuda na reconstrução e nós, brasileiros amantes da paz, não precisamos pagar mais impostos por causa de um bando de destruidores, terroristas e que não amam o País onde vivem.(Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF/Agência Brasil)

NELSON MANZATTO

É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.

VEJA TAMBÉM

PUBLICIDADE LEGAL É NO JUNDIAÍ AGORA

ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES