TRASH CLUB espera você neste mês

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Matheus Pethit, jovem de 28 anos nascido em Jundiaí, tem se destacado na produção de eventos da cena LGBTQIA+ na cidade. Com uma formação em Tecnologia de Eventos pela FMU e Produção Publicitária na FAM, ambas em São Paulo, Pethit trouxe sua paixão pela música e produção de eventos para criar espaços inclusivos, criativos e seguros para o público queer. Além disso, Pethit trabalha como DJ em Jundiaí e São Paulo. O mais recente projeto dele, a Trash Club, é uma casa noturna pop-up que reflete essa missão. Com identidade visual vibrante e uma programação diversa, a Trash Club rapidamente está se tornando um ponto de encontro para a comunidade, oferecendo eventos que variam de festas com sons experimentais a karaokês com clássicos da música brasileira. Conversei com Pethit e ele contou mais sobre a trajetória por trás da Trash, os desafios da produção de eventos para a comunidade LGBTQIA+ em Jundiaí, e o que o público pode esperar nas próximas festas.

Pode contar um pouco sobre o idealizador desse projeto?

O projeto é idealizado por mim, Matheus Pethit(foto ao lado/Adson Ramalho). Tenho 28 anos, sou nascido em Jundiaí estudei cursos relacionados a produção de eventos em São Paulo na FMU e FAM. Essa paixão por música e produção vem desde a adolescência, quando eu ainda frequentava a igreja, e estava sempre envolvido na parte técnica da sonoplastia, bandas e congressos, etc. A certeza de que produção de eventos seria minha profissão veio quando trabalhei como estagiário no Museu da Energia de Jundiaí. Lá, pude cuidar de toda a produção dos eventos durante a Virada Cultural de Jundiaí, em 2012.

Pode também falar um pouco da história da Trash?

Antes da Trash, tive vários outros projetos que me moldaram como produtor, como a festa Exculaxo, que foi um sucesso durante os dois anos de existência. Minhas produções meio que espelham o momento que estou vivendo da minha vida: os rolês que estou frequentando, os artistas que estou ouvindo. A ideia de criar a Trash veio num momento em que eu estava começando a frequentar bares e festas mais ‘underground’ em São Paulo. Então, pensei em trazer essas referências para Jundiaí, para encontrar essa galera que curtia o mesmo e quis fomentar a cena local. Encerramos a Exculaxo, que era um projeto mais comercial, e comecei a trabalhar na Trash em 2016. Ela nasceu com o foco de tocar músicas mais experimentais, que não agradavam tanto os ouvidos da grande massa. A primeira edição foi no Barra Vento Cultural, um espaço na Ponte São João onde a galera se reunia para debater ideias, rolavam oficinas, e, aos finais de semana, havia projetos musicais com bandas e DJs. Logo na primeira edição, a festa foi um sucesso. De lá, passamos por lugares como Aldeia Bar, Grêmio, Haules, Backroom, Drop, e várias outras casas de Jundiaí. Hoje em dia, já fomos até a capital, tocando em lugares como Casa da Luz e Irregular. Durante essa edições tivemos vários shows icônicos, como Lia Clark, Pepita, Mc Tha, Chameleo, Mia Badgyal, Aretuza Lovi, além de artistas locais como Renan Cavolik e Icona Pink.

Como o Trash Club funciona?

A Trash Club é uma casa noturna ‘pop-up’, ou seja, funciona por tempo limitado, com dias de início e fim. A ideia é trazer nosso público para curtir em um espaço com a cara da Trash. Repaginamos a locação com uma decoração de toque industrial, com a nossa identidade visual e LEDs coloridos. Está linda! A casa funciona aos sábados, das 22h às 4h, e aos domingos, das 17h à 00h. Além de drinks clássicos no bar, também temos drinks autorais criados em parceria com a Jambê, uma marca local de cachaça de jambu. Os drinks são maravilhosos e valem a pena experimentar! Aos domingos, também abrimos a cozinha, com porções e petiscos. A entrada varia conforme o evento, então aconselho seguir nossas redes sociais para acompanhar as divulgações das próximas festas, que terão artistas incríveis.

Como foram os primeiros eventos na semana de lançamento da Trash Club?

Foi lindo! Bom demais ver a cena em Jundiaí ganhando força novamente. A galera estava disposta a conhecer músicas e artistas novos, respeitando a seleção dos DJs – isso foi o que mais me surpreendeu! A casa estava cheia nos dois dias. Acredito que o sucesso do primeiro fim de semana foi o resultado de um trabalho bem feito. Focamos no público que queríamos atingir, montamos uma curadoria impecável de artistas. Não tinha como dar errado, hahaha.

Quais e quando serão os próximos eventos da Trash?

Neste fim de semana, teremos a festa LECHE, direto da Argentina para Jundiaí! Essa festa é de um amigo argentino que conheci em São Paulo, e eu amo demais a vibe dela. Toca pop, reggaeton, música brasileira, música argentina… tem uma vibe inexplicável. Estou muito ansioso para a edição jundiaiense dela, que será neste sábado, às 22h. Já no domingo, teremos um projeto assinado por mim chamado Kaos Brasilis. É uma festa com a cara do domingo brasileiro, com cerveja gelada, música boa, e karaokê só com clássicos da música brasileira para a galera soltar a voz. Vai rolar a partir das 17h. E ainda temos muitas festas por vir, incluindo festas de São Paulo e, claro, de produtores locais também.

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O que você espera que o público sinta e faça ao frequentar a Trash Club?

Quero que a Trash Club seja um lugar seguro para o meu público, que, em sua maioria, é LGBTQIA+. Sabemos que em Jundiaí não é em todos os lugares que podemos ser quem somos. Acho que é isso: quero que as pessoas sejam quem elas verdadeiramente são, que sejam livres para se montar, se maquiar, se vestir como quiserem, beijar quem quiserem, sem medo de sofrer preconceito. Ao encerrar essa cnversa com Pethit consigo diretamente conectar sua fala com a última dissertação feita por mim aqui em minha coluna. Nós, corpos LGBTQIA+ já passamos por tantos momentos de insegurança em bares, restaurantes e casa noturnas que hoje em dia queremos apenas o mínimo: sentir que somos bem vindos. A Trash Club vai além de uma casa noturna; é um espaço de resistência e expressão da cultura LGBTQIA+ em Jundiaí. Com uma programação que mistura inovação e celebração, a Trash vai continuar fortalecendo a cena local e expandindo seus horizontes, garantindo que a cultura queer brilhe em todo seu esplendor.

E aí, já escolheu qual festa vai prestigiar?(Foto: @johnnymellowfilms)

Trash Club (no espaço Shimbal House)
Endereço: R. José do Patrocínio, 297 – Jardim São Bento, Jundiaí
Dias e Horários:

  • Sábados de outubro: 22h às 4h
  • Domingos de outubro: 17h à 00h

Instagram: @tra.shclub | @areyoutrash
Entrada: R$10 a R$20

ANNA CLARA BUENO

De nome artístico Anubis Blackwood, é drag queen, artista performática e visual, professora de inglês, palestrante e produtora cultural. É membro do coletivo Tô de Drag, o primeiro de arte drag de Jundiaí e região. Colabora com o ‘Grafia Drag’, da UFRGS. Produz o festival Drag Vibes em colaboração com o coletivo, para democratizar a arte drag, mostrar sua versatilidade e levá-la a espaços e públicos novos por meio de performances plurais e muito diálogo.

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