Erra com frequência a sociedade que tenta definir uma Travesti, como uma coisa, ou como um ser humano qualquer. Uma Travesti é muito mais do que se pode definir ou colocar em meras palavras.
Uma Travesti pode ser tudo, atuar em muitas coisas diferentes, porque uma travesti tem o direito de ser quem quiser, de viver da melhor forma que achar do que é ser feminina, do que é ser Mulher.
Uma travesti não pode ser rotulada, muito menos moldada, por uma sociedade hegemônica, cisheteronormativa. Uma travesti é incrível à sua maneira.
Talvez, essa sociedade não veja tantas travestis estudando, empregadas ou em cargos de destaque.
Essa atual sociedade, e o mundo, em que vivemos, infelizmente, ainda não consegue entender que uma travesti também pode estar/ocupar cargos/posições de liderança.
Esqueça as vozes genitalistas, fundamentalistas, transfóbicas dizem: Travestis são capazes, sim, de ser o que quiserem ser!
Dentro de uma travesti há uma mente inteligente, resistente e resiliente, que pensa em todos os desafios e que sabe como resolvê-los com sabedoria e parcimônia.
Estúpida e ignorante é a sociedade que ainda enxerga a mulheridade, a beleza feminina de uma travesti sob o olhar de uma sociedade misógina e transfóbica.
Equivocada e iludida é a sociedade mede a sabedoria das travestis sob a régua de uma sociedade que a marginaliza, a subjulga, e a subestima diariamente.
O mesmo corpo, que é remodelado, que é modificado, que é estereotipado, que é assediado, moral e sexualmente, é o mesmo corpo que torturado, que é morto, que é assassinado, social, moral e espiritualmente, diuturnamente, dia-a-dia.
A boca que hoje é, muitas vezes beijada em sigilo, que é prazerosa e dá inúmeros prazeres, é a mesma boca que é julgada por usar batom vermelho, que é silenciada, que é muitas vezes interrompida, é a mesma boca que implora para se abrir e gritar, berrar por igualdade, por liberdade, por cidadania, por isonomia de direitos.
A mesma travesti, que habita os mais variados sites, de entretenimento “masculino”, que têm peles digitalmente embelezadas, é a mesma travesti que também tem suas inseguranças, suas incertezas, suas confusões, suas perplexidades sobre essa sociedade, que ainda não está preparada para abrigar, para acolher e para respeitar uma travesti.
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As travestis estão juntas por uma causa maior e prioritária: a valorização feminilidade, a sororidade traviarcal e o rompimento com a rivalidade entre todas as mulheres, sejam elas, cisgêneras, lésbicas, bissexuais, heterossexuais, travestis, transexuais e intersexos.
Pense nisso, que cada travesti, que você conhece, deve e merece ser empoderada, homenageada, neste 8 de março de 2023, Dia Internacional de todas as Mulheres!(Foto: Alexander Grey/Pexels)
SAMY FORTES
Ativista dos Direitos Humanos – Pilar Diversidade Sexual
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