Enquanto as prostitutas padecem com a falta de clientes, os travestis se esbaldam. Eles são uma das causas para a decadência da profissão mais antiga do mundo. A liberdade sexual proporcionou sexo grátis entre os sexos opostos e a possibilidade de homens buscarem outros homens para se relacionar. O sucesso, contudo, sempre vem acompanhado de problemas. Os gigolôs deixaram de administrar os negócios das prostitutas e passaram a comandar as carreiras dos travestis.
Para quem está de fora, o mundo da prostituição dos travestis é ainda mais complexo do que o das mulheres. Eles fazem parte da fantasia sexual de muita gente. “Fui convidada para transar com um casal. Entrei no motel no porta-malas do carro. Lá, o marido queria me ver transando com a esposa dele”, contou um travesti.
O mesmo especialista que acompanha a vida das prostitutas conhece bem como funciona o universo dos concorrentes. “A rua Senador Fonseca é deles. O movimento é muito grande, principalmente de carros do ano e importados”, diz.
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Mas esta é uma parcela mínima de travestis que vai para a rua em busca de dinheiro. Enquanto as prostitutas investem em jornais com baixa circulação, os travestis descobriram o mundo virtual e se promovem ali. No Facebook existem pelo menos dois grupos deles (foto abaixo). No Google há duas páginas de busca com travestis que moram em Jundiaí.
Na internet é possível ver travestis idênticos a mulheres. Além de bem cuidados, eles contam ainda com os recursos de fotoshop para melhorar ainda mais a aparência. “Conheço um travesti top. Ele tem página no Facebook e os clientes vão buscá-lo em casa. Tem um outro travesti, não tão ajeitado quanto o primeiro, que cobra R$ 100 pelo sexo oral. Ele não deve ter tantos clientes”, afirma o especialista.
Se um travesti que pouco lembra uma mulher ganha bem, o que pensar do travesti top? O Jundiaí Agora – JA – tentou entrevistá-lo. Porém, ele não deu retorno. Mas, o sucesso tem um preço. Antes, os gigolôs gerenciavam as prostitutas. Como agora elas dão prejuízo, os oportunistas passaram a agenciar os travestis. (foto principal: www2.uesb.br)