A implantação do Trem Intercidades(TIC) e da Segregação Noroeste do Transporte Ferroviário de Cargas(SNO) deverá resultar em desapropriações ao longo da linha férrea e alterações em bens tombados, como Espaço Expressa e a Estação Ferroviária, de acordo com a proposta do Governo de São Paulo e da MRS Logística. O Conselho Municipal do Patrimônio Cultural(Compac) tomou conhecimento do projeto no último dia 7. No próximo dia 21, o Compac realizará reunião extraordinária. Até lá, os conselheiros conhecerão melhor os detalhes do projeto e poderão dar sugestões que serão incluídas no documento.
Os planos foram apresentados pelo geógrafo Marlon Rocha, coordenador de projetos da JGP Consultoria. Ele explicou que a proposta para cruzamentos de linhas, como ocorre em Jundiaí, ao largo do Espaço Expressa (as antigas Oficinas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro) é de implantar mais trilhos para os novos serviços de transporte de passageiros e de cargas. O Espaço Expressa é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Naciona(IPHAN) e protegido pelo Inventário de Proteção do Patrimônio Artístico e Cultural(IPPAC), de Jundiaí. Na Estação Ferroviário, o geógrafo adiantou que deverá ser construído um mezanino para acesso às plataformas, ligando, inclusive o terminal de ônibus da Vila Arens. Estão previstas também outras intervenções na estação, no Espaço Expressa, na Estaçãozinha e no Viaduto São João Batista. A ata da reunião, publicada na Imprensa Oficial do último dia 10, não informa como serão estas alterações. A estação é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico(Condephaat). A Estaçãozinha não é um bem tombado pela Prefeitura. Contudo faz parte do inventário histórico. Ela foi praticamente destruída durante incêndio ocorrido em julho de 2018. O processo para restauração estava no Gabinete de Conciliação da Procuradoria Regional da República da 3ª Região. O viaduto é tombado pelo patrimônio local. Qualquer alteração deverá ser autorizada pelos órgãos competentes.
O geógrafo da JGP apresentou ao Compac, na verdade, um projeto referencial com detalhes que seriam suficientes para avaliação da viabilidade socioambiental. Durante a reunião, ele explicou que neste momento busca-se o licenciamento ambiental junto à Cetesb e Ibama para o TIC e o SNO. Ele afirmou ainda que o aproveitamento do traçado das linhas já existentes reduzirá os impactos da implantação dos empreendimentos.
TIC e SNO – A implementação do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte possibilitará o transporte de quase 550 mil pessoas por dia no primeiro ano de operação completa do empreendimento. Isso porque, além do trem expresso que ligará a capital paulista a Campinas, com uma parada em Jundiaí, o projeto prevê o Trem Intermetropolitano (TIM) entre Jundiaí e Campinas, que vai passar pelas cidades de Louveira, Vinhedo e Valinhos. A previsão é de que os trens estejam operando em 2031. Já a á a Segregação Noroeste envolve o trecho Jundiaí-Barra Funda e terá 56 quilômetros de extensão, seis pátios de cruzamento e um novo túnel, com aproximadamente dois quilômetros de extensão, exclusivo para os trens de carga da MRS, que será executado na região de Botujuru.(Foto: Circuito das Frutas)
VEJA TAMBÉM
PUBLICIDADE LEGAL É NO JUNDIAÍ AGORA
ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES