O valor das TROCAS INVISÍVEIS

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Na vida, todos nós carregamos moedas para trocas. Não falo de notas e moedas, mas de gestos, palavras e presenças que, silenciosamente, constroem as nossas relações. As vezes, nossa moeda é o tempo que dedicamos. Pode ser um café tomado com calma para ouvir um amigo, uma ligação para dizer “lembrei de você”, ou aquele simples “chegou bem?” que mostra cuidado. Outras vezes, é o afeto que oferecemos: um abraço apertado, um sorriso que ilumina o dia de alguém, ou um olhar que diz “eu entendo você” sem precisar de mais nada.

Há moedas que custam mais do que imaginamos: a paciência de ouvir sem julgar, o apoio em momentos de queda, a presença quando todos os outros se afastam. E há moedas raras: a confiança — que não se compra, só se conquista — e a verdade, que pode doer, mas fortalece laços genuínos. O curioso é que, muitas vezes, trocamos essas moedas de forma invisível. Um amigo pode nos oferecer companhia constante, enquanto nós oferecemos palavras de incentivo. Uma pessoa pode nos dar paz, enquanto damos a ela coragem. E tudo flui… até que o equilíbrio se perde.

Quando alguém só oferece e não recebe, vem o cansaço e a sensação de estar “pagando sozinho” pela relação. Quando alguém só recebe e nunca retribui, o vínculo enfraquece, mesmo que ninguém fale sobre isso. O desequilíbrio corrói aos poucos, porque o que mantém uma relação viva não é a quantidade de trocas, mas a justiça percebida nelas. Para alguém solitário, seu tempo é ouro. Para quem está inseguro, sua palavra de apoio é diamante. Para quem se sente invisível, o simples fato de você notar sua presença é um tesouro. Mas toda moeda, até as conquistadas com afeto e confiança, pode se perder se não for cultivada. Basta o descuido, o silêncio prolongado, a ausência sem explicação… ou uma quebra de confiança, uma traição disfarçada de descuido. E aquilo que era valioso se dissolve como areia entre os dedos.

Por isso, é essencial observar: O que você está oferecendo às pessoas que ama? Você reconhece e agradece o que recebe? Existe reciprocidade, mesmo que não seja espelhada, mas equivalente em valor emocional?

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A vida nos ensina que não há uma “tabela de preços” para essas moedas. O valor está no significado que elas têm para quem recebe. Para alguém solitário, seu tempo é ouro. Para quem está inseguro, sua palavra de apoio é diamante. Para quem se sente invisível, o simples fato de você notar sua presença é um tesouro. No final, toda relação é uma dança de trocas invisíveis. Não se trata de contar quanto demos ou recebemos, mas de garantir que, ao final da música, ambos se sintam mais ricos — não de bens, mas de afeto, cuidado e verdade. Porque, quando a moeda é o amor, o único lucro possível é o crescimento de todos os envolvidos.”

E talvez essa seja a pergunta que valha mais do que qualquer ouro:
quais moedas você está distribuindo hoje — e para quem? Porque, no fim das contas, não é o acúmulo que enriquece, mas a troca que transforma. E as moedas que realmente importam não pesam no bolso, mas no coração.

ROBERTA TEIXEIRA PERES

Gestora, terapeuta holística, especialista em desenvolvimento humano, Eneagrama. pós-graduada em neuromarketing e PNL Aplicada em gestão de pessoas.

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