Escrevo esse texto antes de Paulista x Chapecoense, que seria realizado ontem à noite, pelas quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em um molhado Jayme Cintra. Mas, independentemente da presença ou não do Galinho na semifinal pela terceira vez na história (o que você, já sabe ao ler essas linhas), o começo de 2017 trouxe uma expectativa que, sinceramente, nem o mais fanático dos fanáticos teria ao final de dezembro de 2016.

Pouco menos de 15 dias de competição foram suficientes para mostrar que, sim, o Paulista pode ressurgir e recomeçar um trabalho.

Uma breve história mostra algumas coincidências desse presente com o passado. Em 1997, a campanha na Copinha marcou um crescimento que durou anos em Jayme Cintra. Após o acesso na Série A3 de 1996 (infelizmente a mesma competição que em poucos dias o clube volta a disputar após 21 anos), a base formada na Copinha e o trabalho do então jovem técnico Giba marcaram o começo de uma nova era. Quem vive esse momento hoje é Umberto, que estava em campo no Galinho de 1997.

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Agora, sonhar com a repetição, ainda seria uma “viagem”. Essa base de 1997, com reforços, claro, foi campeã da Série A2, do Brasileiro da Série C, fez boas campanhas em diversas competições e colocou o Paulista na “vitrine nacional”, o que trouxe a Parmalat, investimentos e culminou com os melhores anos na história do Tricolor jundiaiense. Mas não é apenas essa boa campanha na Copinha que traz uma esperança. Há mais.

A principal foi a volta do torcedor ao estádio, do apoio, das cobranças, do incentivo, das vaias… Tudo o que faz parte do futebol. Resgatou um torcedor ainda machucado pelos inúmeros erros de um passado recente, que tiraram o time da brigapelo acesso à Série A do Brasileirão para deixa-lo “fora de série”, ou seja, fora de qualquer série nacional e na A3 do Estadual. Jundiaí, mesmo no auge, sempre abraçou pouco o Paulista. Em todos os setores da sociedade.

Fica, assim, o exemplo da Copinha: caso os jundiaienses, os amantes do futebol, realmente voltem o olhar para o Paulista e passem a frequentar em grande número o Jayme Cintra, como vimos neste mês de janeiro, o Galo pode ressurgir e voltar a dar bicadas! A esperança voltou, tomara que ela não seja um “balão galinha” e voe alto, se tornando uma realidade. (foto acima: TVE Jundiaí)

SAVAZONIANDRÉ SAVAZONI

Jornalista, corredor amador e estudante de Educação Física.