A Uniterreiros – Associação das Comunidades de Terreiros de Jundiaí e Região – divulgou que por decisão da Justiça de Jundiaí, o vereador Roberto Conde (PRB) – que é pastor evangélico, terá de se retratar de ter cometido “atos de intolerância religiosa” durante sessão ocorrida no dia 14 de novembro do ano passado, quando a Umbanda era homenageada. Conde, segundo o site da Uniterreiros, terá de pedir desculpas publicamente na sessão da próxima terça-feira, dia 10. Segundo a entidade, depois do evento, o vereador postou várias fotos dos fiéis e pediu orações “ao povo de Deus” (ao lado). O vereador explicou que tudo não passou de um mal-entendido. “Sempre peço orações quando o plenário está lotado”, argumentou ele assim que as primeiras acusações de intolerância surgiram.
O JA já encaminhou solicitação de informações a Roberto Conde. Até o momento, ele não deu retorno. O presidente da Uniterreiros, Gihad Abbas, explicou que está numa reunião sobre este tema e depois prestará esclarecimentos. A sessão começa sempre às 18 horas. A Câmara fica na rua Barão de Jundiaí, 128. Todos os praticantes de religiões de matrizes africanas estão sendo convidados a participar. “Caso ocorra jogo da Copa, com partida da Seleção Brasileira, a sessão será transferida para o dia 12 de julho, quinta-feira”, afirma o site da Uniterreiros.
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O suposto ato de intolerância religiosa ocorreu assim que a homenagem terminou. Na ocasião, eram festejados os 109 anos de fundação da Umbanda(15 de novembro). A festa foi iniciativa partiu do vereador Paulo Sérgio Martins, que é adepto da Umbanda.
O site da Uniterreiros explicou que a postagem de Roberto Conde ocorreu às 19h42. Ele estava sendo seguido por umbandistas que copiaram e rapidamente passaram a compartilhar a mensagem. O vereador apagou a postagem. A polêmica iria durar oito meses.
Denúncia – O site prossegue: “no dia 12 de dezembro, os advogados Gihad Abbas, Gustavo Castiglioni Toldo, e Eginaldo Honório, representando a Uniterreiros, protocolaram na Câmara Municipal de Jundiaí, uma representação contra o vereador (foto ao lado). “Entramos com a representação, pois em nosso entendimento houve quebra de decoro parlamentar e prática de ato de intolerância religiosa”, comentou Gihad Abbas, presidente da entidade.