Técnicos da Embrapa estiveram Jundiaí e nas cidades da região para determinar novo protocolo contra a podridão da uva madura, doença causada por um fungo. Um plano emergencial de combate à moléstia foi apresentado. A última safra foi afetada. Pelo menos metade das 10 milhões de videiras da cidade sofreram perdas. A expectativa da Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT) é de que na próxima colheita já seja possível identificar melhoria na condição da fruta. O controle deve ser atingido em até dois anos.
De acordo com a UGAAT, o plano emergencial para o controle da doença conta medidas testadas e validadas para o controle racional do fungo. As amostras colhidas nas plantações de Jundiaí foram levadas pelos técnicos e pesquisadores e já iniciaram as avaliações específicas. Com relação ao manejo, foram passadas orientações específicas sobre como deve ser feita a poda, a limpeza e o cuidado com as variedades.
“Uma propriedade foi escolhida para receber o apoio técnico, contará com orientação de engenheiro agrônomo, receberá os fungicidas específicos indicados pela Embrapa, a partir de parceria da instituição, além de ter de cumprir rigorosamente os protocolos estabelecidos. A equipe da ETEC Benedito Storani também irá desenvolver um protocolo para o manejo dos restos culturais para auxiliar os produtores rurais atingidos, visando a eliminação da doença”, afirma a unidade gestora.
Causada pelo fungo Glomerella cingulata, a podridão da uva madura provoca manchas circulares marrom-avermelhadas sobre o fruto, que posteriormente, atingem todo o cacho, deixando o grão de uva escuro e murcho. Temperaturas entre 25°C e 30°C e alta umidade proveniente de chuva, orvalho, irrigação ou cerração são condições ideais para a ocorrência e desenvolvimento da doença.
No último dia 16, o Jundiaí Agora publicou entrevista com o gestor de Agronegócio, Abastecimento e Turismo da Prefeitura, Eduardo Alvares. Ele confirmou informações do deputado Estadual Lucas Bove, que apresentou moção ao Governo de São Paulo para que investigue a podridão da uva madura. O parlamentar argumentou que metade da produção da última safra foi comprometida. Segundo Alvares, Jundiaí conta com mais de 500 produtores e 10 milhões de videiras. A estimativa da safra, cuja colheita começou em dezembro do ano passado, era de aproximadamente 38 mil toneladas.
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