Em 2018, os blocos de Carnaval que passaram pelo centro da cidade deixaram comerciantes irritados. Muitos foram vítimas de vandalismo. As entidades que representam os lojistas chegaram a pedir para que outros desfiles não acontecessem mais na região central. Dois anos depois, a Unidade de Segurança Municipal(UGSM) informou que comerciantes pediram para que os blocos ficassem em locais de grande concentração de lojas para aumentar as vendas. Neste ano, três blocos vão cortar o centro. A Prefeitura assegura que o Centro Integrado de Controle e Comando (CICC) estará de prontidão para evitar excessos. A Associação Comercial e Empresarial(ACE), a Câmara dos Dirigentes Lojistas(CDL) e o Sincomercio não se posicionaram contra os blocos. Só esperam que não haja vandalismo.
Antes de 2018, apenas o Refogado do Sandi é que desfilava pelas ruas centrais. Naquele ano, no entanto, outros começaram a chegar. Foliões bêbados chutaram portas de lojas, urinaram na frente de estabelecimentos e quebraram garrafas. Os jardins da praça Ruy Barbosa(foto) foram danificados. As instituições que representam os comerciantes chegaram a fazer um abaixo-assinado pedindo para que os desfiles do ano seguinte fossem transferidos para o Parque da Uva ou Parque da Cidade. “Tivemos várias depredações em portas de lojas, registro de muita sujeira como dejetos humanos na frente dos comércios. As vendas foram afetadas por conta da passagem dos blocos. Não somos contra o Carnaval, mas sim como vem sendo realizado”, disse, na ocasião, Edison Maltoni, presidente da CDL e Sincomercio.
O Carnaval 2023 será aberto oficialmente pelo Refogado do Sandi na sexta-feira(17). A concentração começará às 15 horas, na praça Ruy Barbosa. Meia hora depois, a multidão desfilará pela rua Barão de Jundiaí, Siqueira de Moraes e rua do Rosário. A dispersão está prevista para às 19h30.
No sábado(18), será a vez do Bloco da Ponte Torta que se concentrará na praça Marechal Floriano Peixoto(coreto), 15 horas. A saída será uma hora mais tarde, com o mesmo trajeto do Refogado. Dispersão às 19 horas. Domingo(19), das 13 às 19 horas, a praça Ruy Barbosa será do bloco Baile da Maravilha.
A Associação Comercial Empresarial de Jundiaí informou que não é contrária a nenhuma festa popular ou qualquer tipo de manifestação cultural. “A entidade acredita que ações culturais bem organizadas, e com infraestrutura adequada, ajudam a atrair a população para o centro. No entanto, é necessário que os organizadores providenciem esta infraestrutura para receber os foliões, como banheiros, segurança assim como limpeza depois do evento, para que não prejudique a própria população e os empresários que trabalham na região”.
A CDL e o Sincomercio foram na mesma linha. “O Carnaval é uma excelente oportunidade para as vendas do comércio, com vendas de adereços, fantasias, shorts, camisetas. Os bares e lanchonetes vendem comida e bebida. Reconhecemos a tradição dos blocos e a importância desta festa. Além de movimentar a economia, o Carnaval promove a diversão da população. Nossa expectativa é para que sejam dias de festa, alegria e paz, com muito respeito e sem casos de vandalismo na região central, disse Edison Maltoni, presidente das entidades.
Para impedir o vandalismo e outros crimes durante os desfiles dos blocos entrará em ação o CICC(Centro Integrado de Controle e Comando), formado pela Guarda Municipal, Polícia Militar, Bombeiros, além das equipes das Unidades de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP), Cultura (UGC), Governo e Finanças (UGGF) e Mobilidade e Transporte (UGMT), Juizado de Menores e Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), que discutem a realização deste carnaval desde dezembro último.
O CICC – de acordo com a Prefeitura – manterá monitoramento em tempo real dos eventos, com foco na segurança não somente dos foliões, como dos moradores da região. Neste ano, as atividades estão descentralizadas e os blocos são responsáveis pela estrutura individual, como bombeiros civis e seguranças. A Unidade de Gestão de Cultura oferecerá os banheiros.
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